Pediatra, membro do Grupo Técnico de Vacinas de Canárias, Ortigosa destacou que as vacinas salvam três milhões de vidas por ano e que os protestos contra o seu uso remetem ao início da sua aplicação, recordando, em concreto, a contestação à vacina da poliomielite, na década de 1950.
“Um feito histórico para a saúde e para a ciência. Apesar dos bons resultados, seis anos depois começaram os movimentos contra o uso deste medicamento”, afirmou.
No entender do especialista, os chamados “anti-vacinas” são um perigo para a saúde pública, por desconsiderarem o facto que doenças potencialmente mortais foram praticamente erradicadas graças à imunização da população.
No momento em que está em curso a maior campanha de vacinação de sempre, Luís Ortigosa confirmou a segurança das vacinas contra a covid-19, apesar da velocidade com que saíram dos laboratórios.
“Chegámos às vacinas porque a comunidade científica já trabalhava com outros coronavírus e isso permitiu que as fases [de ensaio] exigidas pelas agências do medicamento se sobrepusessem e o processo foi acelerado. Fomos mais rápidos, mas não menos seguros”, tranquilizou, sem deixar de sublinhar o permanente processo de farmacovigilância que monitoriza a aplicação dos imunizantes.
O Campus África 2021 decorre até 4 de Dezembro, em La Laguna, Tenerife, subordinado ao tema “desafios climáticos e pandémicos num contexto de crise global”. Ao longo das três semanas, 55 bolseiros, a maior parte dos quais cabo-verdianos, frequentarão conferências e terão a oportunidade de aprimorar conhecimentos nos laboratórios da ULL. A primeira edição do evento científico remonta a 2014. Seguiram-se as edições de 2016 e 2018.
O Expresso das Ilhas está em Tenerife a convite do Campus África.