A denúncia é do Sindicato Nacional da Polícia, através do dirigente sindical, Cirilo Cidário, que aponta para uma “degradação da situação laboral”.
“Repudiar o excesso de carga horaria praticado no comando regional de São Vicente sem que haja qualquer compensação, aliás, esse é um problema nacional. Os agentes não têm folga, o trabalho é feito de 8 horas para um intervalo de 24 horas. O pessoal no aeroporto, por exemplo, tem hora de entrada e não tem hora de saída, e isso deve-se à saída, todos os anos, de pessoal por, entre outros, reforma e motivo de doença”, afirma.
O dirigente sindical nota que os agentes são “obrigados” a trabalhar nas horas de folga na cobertura de eventos, sem qualquer compensação.
A ausência da progressão e promoção na carreira dos profissionais e o não reajuste salarial são outros problemas que, segundo o sindicalista, carecem de uma “resposta adequada”.
"O reajuste salarial, prometido desde 2019, e que cobriu uma parte. Desde essa altura, estamos à espera da outra parte. A falta de promoção e progressão no seio dos agentes e subchefes, há vários anos, onde por esquemas foram promovidos em 2020 somente os oficiais. Exortamos o governo a diligenciar no sentido de resolver esses problemas o mais urgente possível, pois estamos cansados de trabalhar horas sucessivas, de não sermos promovidos e progredidos no tempo certo, prejudicando assim as pessoas que chegam na reforma", aponta.
Questionado sobre a possibilidade de realização de uma greve o sindicalista aponta que é uma hipótese que não está descartada e que dependerá do entendimento dos sócios.
“Vamos continuar a denunciar e se houver um sentimento de base, havemos de partir para novas formas de luta. Aquilo que o sócio determinar, estamos cá”, assegura.