Marcha pelo fim da violência contra as mulheres e feminicídio juntou centenas de pessoas em Santa Catarina

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,8 jul 2023 18:05

A marcha silenciosa de pesar e indignação contra violência baseada no género e feminicídio juntou hoje centenas de pessoas em frente à Praça Central de Assomada, em Santa Catarina (Santiago), após percorreram as principais artérias da cidade.

A “marcha da indignação”, foi convocada pela Câmara Municipal de Santa Catarina, e na sequência da morte de Sónia Semedo,  de 36 anos, que supostamente foi mais uma mulher vítima de violência e feminicídio.

Na marcha, que teve como percurso Praça Central-Portãozinho-Avenida da Liberdade-Mercado Municipal, este último local de trabalho da Sandra, como era conhecida, além da sociedade civil e várias instituições, participaram a presidente da câmara municipal, Jassira Monteiro, a primeira-dama, Débora Carvalho, e a presidente do ICIEG, Marisa Carvalho.

Em declarações à imprensa, a autarca santa-catarinense congratulou-se com a “adesão massiva” dos cidadãos e instituições, com destaque para homens e crianças, para quem a mesma demonstra que esta luta é de todos, e não só de mulheres.

“Todos nós temos direito à vida”, defendeu Jassira Monteiro, comprometendo-se em continuar a promover acções e políticas de intervenções, sobretudo de respostas, visando reverter o quadro, para dar respostas

“É hora de termos a última Sandra como mulher vítima de feminicídio”, apelou, reconhecendo que Santa Catarina, onde a grande parte da família é chefiada por mulheres tem sido nos últimos meses “referência pela negativa”, aludindo aos dois últimos casos de mulheres que supostamente foram vítimas de feminicídio.

Por sua vez, a primeira-dama, Débora Carvalho, que considerou a manifestação um “manifesto à paz e à empatia”, aconselhou as famílias a reverem a educação que estão a dar aos meninos e rapazes, que assim como têm dado às meninas deve também ser baseada em valores.

“Esta luta não tem género, não tem idade, e é necessário o envolvimento de todos os actores sociais”, afirmou.

Segundo os dados avançados pela presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade do Género (ICIEG), Marisa Carvalho, "nos últimos dois meses registou-se quatro casos de VBG, que tiveram desfecho trágico", cujos crimes estão a ser investigados como feminicídio.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,8 jul 2023 18:05

Editado pormaria Fortes  em  3 abr 2024 23:29

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