A informação foi hoje avançada pelo director do departamento internacional da Porto Editora, Miguel Martins, durante a apresentação dos novos manuais do 9.ºano de escolaridade.
Na sua intervenção, Miguel Martins ressaltou a integração vertical de todo o processo de criação de livros, desde a interação com os autores até a impressão.
“Há aqui um ponto que eu gostava de salientar que é importante, que é um constrangimento que surgiu neste projecto, tem a ver com o prazo de discussão reduzido. Só para terem uma ideia, nós assinamos o contrato em Dezembro de 2022, portanto, tivemos cerca de 6/7 meses para elaborar este projecto”, disse.
Além dos manuais em formato físico, Miguel Martins revelou que Cabo Verde terá acesso a guias de professor, recursos de áudio para disciplinas de línguas (Português, Inglês e Francês) e recursos digitais, como vídeos, interactividades, exercícios, jogos e quizzes, todos aguardando aprovação do Ministério da Educação.
“O total de técnicos envolvidos neste projecto foram cerca de 80. Portanto, daí reforçar a parte da coordenação como um precedente fundamental para o sucesso deste projecto. Metade deles chegou há cerca de uma semana, creio que já estão nos armazéns da FICASE e a outra metade chegou num navio que chegou esta madrugada a Cabo Verde. Portanto, em breve também vão estar disponíveis para serem adquiridos”, anunciou.
Miguel Martins elogiou o compromisso do Ministério da Educação em tornar a educação mais moderna e acessível, afirmando que Cabo Verde deu um passo significativo ao combinar o aprendizado tradicional com o digital.
Por sua vez, o Primeiro-ministro, realçou que os novos manuais escolares serão subsidiados em mais de 50% em relação ao seu preço estimado, tornando-os consideravelmente mais acessíveis para as famílias cabo-verdianas.
Segundo o governante, os manuais do 9º ano, apresentados são apenas uma parte fundamental da reforma curricular do ensino secundário iniciado neste ano lectivo, que visa alinhar o sistema educacional do país com padrões internacionais de excelência.
“Os manuais não são meros livros impressos. Vimos, são bonitos, têm conteúdo, é interativo, mas o importante é que incorporam importantes objectivos da reforma educativa, das quais destaco o aprofundamento da aprendizagem de cada disciplina ou área disciplinada, partindo dos conhecimentos e experiências anteriores dos alunos, a integração de abordagens transdisciplinadas, proporcionando aos alunos a modernização de saberes, bem como a sua aplicação em situações reais da vida cotidiana, a integração de conteúdos que valorizam a tolerância, a dignidade, a dignidade humana, o respeito pela diversidade, sem preconceitos de origem de género, orientação sexual, idade, convicção religiosa ou qualquer outra forma de discriminação. Isto é formar a mulher e o homem”, referiu.
Correia e Silva destacou o apoio aos alunos integrados nos Grupos 1 e 2 do Cadastro Social Único, informando que esses alunos receberão os manuais gratuitamente como parte dos kits escolares.
O Governante reiterou o compromisso do Governo em garantir que todos os alunos tenham igualdade de oportunidades educacionais.
“E o resultado está à vista. Redução do abandono escolar, aumento do sucesso escolar e concentração dos recursos das famílias para outras necessidades, continuando a apostar sim, na educação, mas nunca ter os recursos financeiros ou o rendimento das famílias com constrangimento ao acesso à educação”, sublinhou.
De referir que no ano letivo 2021/2022, iniciou-se a implementação da nova matriz curricular no ensino secundário com a introdução de novos programas. A decisão de políticas de desenvolvimento curricular previu que os materiais didáticos só seriam apresentados após a validação destes programas.
Para o ano lectivo 2023/2024, os programas experimentados e consolidados nos anos anteriores deram origem à edição dos Manuais escolares, guias docentes e materiais interativos do 9º ano.