Em declarações à imprensa, esta tarde, após uma reunião com o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros, para avaliar o ponto de situação do quadro sísmico na ilha Brava, o ministro da Administração Interna sublinhou que o Serviço Nacional de Proteção Civil tem estado presente na Brava e que foi realizado um conjunto de acções de informação e sensibilização, juntamente com as autoridades locais e com as comunidades.
“Fez-se inicialmente um levantamento de todos os edifícios que sofreram os impactos do primeiro tremor registrado no dia 20, que são cerca de 20 edifícios com níveis de gravidade diferentes. Decorrem neste momento acções de sensibilização, junto das escolas, com as entidades religiosas, junto de jardins de infância, enfim, visando por um lado passar a tranquilidade necessária para estas situações, explicar às pessoas qual é a realidade do momento, sem nunca causar pânico, que nestas horas é o que menos se deseja, mas também garantindo que as pessoas tenham uma noção para que estejam alertadas para as medidas que devem tomar, caso seja necessário”, explicou.
Paulo Rocha sublinhou que o Instituto Nacional de Metrologia Geofísica (INMG)tem afirmado não haver motivo para alarme e que são reduzidas, neste momento, as hipóteses de uma erupção vulcânica, mas, que importa agir sempre na prevenção e a título de cautela.
“Existe um plano de contingência para a ilha Brava, existe também um plano de evacuação, este plano foi elaborado em 2016, na sequência da crise sísmica registrada, mas está actualizado e prevê um conjunto de acções para situações do gênero, acções que estão a ser rompidas já neste momento, e que temos estado observando. O que vai acontecer é que a gente vai ter que seguir com muita calma e com muita tranquilidade, conscientes de que estamos a falar de eventos da natureza”.
O governante avançou que o Serviço Nacional da Proteção Civil e Bombeiros tem estado presente desde o dia 31 de Outubro na ilha Brava, com realizações de acções de sensibilização e informações à população.
“Nós estivemos a discutir sobre as medidas dos próximos dias e que passarão pela convocação do Conselho Nacional de Proteção Civil, onde integram várias outras entidades que têm assento, de modo que afinemos ainda mais o sistema de coordenação e de preparação para a resposta. Estamos a ser cautelosos, mas não há razões para preocupações de maior, é apenas uma prevenção. Também estamos a activar todo o Sistema Nacional de Proteção Civil que pressupõe, nos termos da Lei de Base da Proteção Civil, que seja declarada situação de contingência da Proteção Civil”.
Paulo Rocha insistiu explicando que a “situação de contingência da Proteção Civil, significa que estamos a aumentar o nível de prontidão dos serviços, que estamos a activar o Sistema Nacional de Proteção Civil, com efeito, a declaração de situação de contingência é fundamental, para que também o Fundo Nacional de Emergência possa estar preparado para suportar eventuais custos que surjirão”, revelou.