Numa publicação na rede social facebook, este sindicato exigiu, uma vez mais, o respeito pelos direitos estatutários, melhores condições de trabalho, melhor e digno salário e, sobretudo, uma educação de qualidade.
“Sendo assim o Sindep apela à classe docente nacional para a união e coesão necessárias de todos nesta mega manifestação nacional e, desde já, convida e apela a todos os sindicatos e professores/professoras no geral para esta luta de todos e por todos, e que necessariamente tem de ser feita com todos”, referiu a mesma fonte.
Caso a situação se mantiver inalterada ou sem melhorias significativas, o Sindep informou que pretende realizar uma greve inteligente nos finais de Maio e Junho, num período mais prolongado que a do passado mês de Novembro, com o propósito de “perturbar a avaliação”.
A manifestação de 23 de Abril, data em que se assinala o Dia Nacional do Professor, deverá ser realizada no período de manhã, prevendo a concentração às 08:30, permitindo a todos darem continuidade às suas actividades de grupo ou das suas respectivas escolas.
Aproveitou igualmente para convidar a todos os colegas a se juntarem na possível manifestação no próximo dia 01 de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
“Reiteramos o nosso forte compromisso de sempre apoiar a classe docente e agir dentro do quadro legal do país, ainda que outros não o façam”, assegurou.
O Sindep diz entender que é da sua responsabilidade, enquanto “instituição séria e credível” pautar sempre pela lealdade, diálogo, orientação e actuar sempre de forma legal, evitando “mandar o professor agir ou fazer algo que lhe possa vir trazer problemas laborais”.
Esclareceu que não recomenda a forma como a luta está sendo feita, mas que mesmo assim garante suporte jurídico aos seus associados que decidiram por este caminho caso venham a ter problemas laborais.
Segundo reiterou, a classe docente cabo-verdiana tem motivos para reivindicar e lutar, daí que aconselhou que todos devem manter a luta legítima e legal, tanto para com o empregador, como também para receber o apoio incondicional da sociedade e da comunidade educativa em especial.
Os professores de mais de 40 escolas decidiram congelar as notas dos alunos, no segundo trimestre, no âmbito da greve por tempo indeterminado apoiada pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) até verem as suas reivindicações atendidas pelo Ministério da Educação.
Na sequência, centenas de alunos de várias escolas da ilha de Santiago manifestaram-se nas ruas, na quinta-feira, 04, para exigir a publicação das suas notas.
Após essa manifestação a Direcção Nacional da Educação deu um prazo até 15 de Abril para lançamento das notas no Sistema Integrado de Gestão Escolar enquanto que o ministro da Educação já reiterou a sua disponibilidade para receber e dialogar com os professores.