O processo para a criação do PCFR dos profissionais da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (FICASE) já está em andamento. Segundo o presidente do conselho de administração da instituição, Adilson Freire, foi contratada uma empresa para fazer a consultoria e elaborar o documento, que “brevemente” será socializado.
Adilson Freire reagia, ao início da tarde de hoje, às reivindicações dos trabalhadores afectos aos diferentes sectores da Instituição, que ameaçam com uma paralisação no início do ano lectivo.
“O atual Conselho de Administração auscultou as reivindicações justas dos colaboradores e desencadeou o processo para a elaboração dos estatutos, substituição do PCCS para a PCFR, e criação de manual de funções. Documentos estes, que estão sob a responsabilidade de uma empresa de consultoria. Estão mesmo numa fase avançada e contamos, em breve, ter a versão consensualizada com os colaboradores e pronta a ser submetida à tutela”, afirmou .
De acordo com o presidente, o documento vai dar respostas às reivindicações dos trabalhadores, que pedem, sobretudo, melhorias salariais.
“O documento em análise vem dar resposta às reivindicações do aumento salarial, promoção na carreira pendentes, mobilidades sem perda de direitos, reenquadramento dos funcionários que adquiriram novas habilitações, entre outros. Os sindicatos são organizações que, pela sua natureza, devem sempre pautar pelo diálogo, serenidade e intermediação pedagógica para a resolução de possíveis conflitos, mas também esclarecer os meandros dos processos, reconhecer melhorias e sempre apresentar propostas que vão ao encontro às novas exigências globais, consciente da condição do país”, ressalvou.
O líder do SINTAP disse no início da semana passada, que há mais de dois anos tenta negociar com os sucessivos conselhos de administração da FICASE, mas sem sucesso. Adilson Freire afirma que em nenhum momento foi contactado por nenhum sindicato para negociação, apesar da abertura ao diálogo por parte da instituição que dirige.
“Para o nosso espanto, tomamos conhecimento na comunicação social. E a FICASE está sempre aberta ao diálogo para o bem do seu funcionamento e também para o bem de todos os colaboradores”, sublinhou.
Os trabalhadores da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar pretendem entrar em greve antes do início do próximo ano lectivo, agendado para 16 de Setembro. Reivindicam a finalização da proposta de alteração do PCCS, agora designado de Plano de Carreiras, Funções e Remunerações, tendo em vista a melhoria salarial. Declarações feitas no dia 6 deste mês pelo secretário nacional do SINTAP.