Ulisses Correia e Silva deu essas informações hoje, durante uma declaração que fez ao país, relativamente à dengue.
No seu discurso, o Chefe do Governo referiu que desde há algum tempo, o país tem estado exposto à epidemia da dengue, com particular incidência na Praia, São Filipe e Mosteiros e que mediante a coordenação do Serviço Nacional de Protecção Civil, um programa de acção de prevenção e combate tem sido executado.
Também lembrou que foi declarado situação de contingência no dia 2 de Outubro, face a riscos muito prováveis devido ao período das chuvas e que foi accionado o Fundo Nacional de Emergência para o financiamento do plano de acção, mobilizando 15 mil contos para investimentos e financiamento em diversas áreas.
Apesar da fase decrescente da doença, o Primeiro-ministro anunciou o reforço das acções de eliminação de focos de viveiros de mosquitos, com o reforço de campanhas de pulverização, quer dentro, quer fora das casas.
“Campanhas de limpeza, fecho e demolição de pardieiros, recolha de pneus abandonados e reforço da comunicação de risco, com particular incidência na cidade da Praia, onde nós temos a maioria dos casos. A colaboração de todos é fundamental”, indicou.
A pulverização em casa, disse, implica a disponibilidade das pessoas para permitir que se faça esse trabalho.
Ulisses Correia e Silva realçou ainda que o trabalho contínuo de prevenção, vigilância e controle de vectores relacionados com a transmissão por mosquitos é importante e necessário, mais ainda num "contexto de alterações climáticas que aumentam as condições propícias de doenças transmitidas por mosquitos”.
Conforme precisou, nos próximos dias o Governo fará uma avaliação para decidir se se continua, ou não, com a situação de contingência. Relativamente às vacinas, o processo está em fase de operacionalização, disse.
“Há uma oferta por parte do Brasil, 50 mil doses. O problema está nas condições [a ter em conta] de começar a fazer a vacinação, mas quero deixar aqui uma mensagem importante: a vacina vai ajudar na redução dos efeitos que a dengue pode provocar nas pessoas. A melhor prevenção ainda é evitar sermos picados”, lembrou.
A vacina poderá ser gratuita. Por agora, disse, está a ser cumprido um conjunto de requisitos exigidos para que as mesmas possam chegar ao país.