Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe estão entre as nações africanas que correm o risco de ficarem sem vistos de entrada nos EUA.
Cerca de uma semana depois de ter imposto uma proibição de viagens a sete países africanos, o governo norte-americano, liderado por Donald Trump, está a considerar impor uma proibição de vistos e outras restrições de viagem a cidadãos de outros 25 países africanos.
O Washington Post noticiou que um memorando, assinado pelo Secretário de Estado Marco Rubio, foi já enviado, no sábado, aos diplomatas que trabalham nos países afetados.
Os países africanos registados no memorando são Angola, Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Egipto, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Libéria, Malawi, Mauritânia, Nigéria e Níger.
Estão também na lista, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué. Os países de outros continentes são Antígua e Barbuda, Butão, Camboja, Dominica, Quirguistão, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Síria, Tonga, Tuvalu e Vanuatu.
No memorando, as autoridades norte-americanas descreveram uma série de objetivos que os países, alegadamente, não cumpriram. Por exemplo, é referido que alguns países não têm uma autoridade central funcional ou cooperativa para emitir documentos de identidade ou civis credíveis. Outros, dizia o memorando, são afetados por fraudes governamentais generalizadas. E em vários casos, refere o documento, um grande número de cidadãos desses países permaneceram nos EUA para além do prazo dos vistos.
Por outro lado, o memorando afirma que os países que concordarem em receber de volta cidadãos de países terceiros deportados dos EUA ou que assinarem um acordo de “país terceiro seguro” poderão ter um alívio nas sanções. Os EUA dão aos países afetados 60 dias para responder. Ao mesmo tempo, há também um prazo – 8h da manhã de quarta-feira – para que os países afetados forneçam um plano de ação inicial.