O diploma contou com a votação dos 61 deputados presentes no Parlamento, sendo 36 do Movimento para a Democracia (MpD, situação), 22 do Partido Africano de Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) e três da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição).
Na sua declaração do voto, o PAICV, representado pelo deputado João Baptista Pereira, justificou o voto favorável do seu partido no apoio a todas as medidas que possam “impactar positivamente” a justiça no país.
“Tendo em conta que no ano transacto foram julgados 695 processos ao nível do Tribunal da Família e Menores, porém, considerando que a pendência processual continua elevada, tendo transitado para este ano 906 processos, nós consideramos que para estancar efectivamente esse avolumar de pendências, esta é uma medida que pode impactar positivamente”, defendeu.
Por seu turno, a deputada do MpD Joana Rosa argumentou que esta é uma iniciativa da ministra da Justiça, Janine Lélis, que “estudou bem” o processo e “soube tirar a conclusão” da necessidade da existência de dois juízes para fazer face a demanda actual.
“O Governo quis com essa iniciativa levar aos praienses, no que diz respeito a área de família, uma justiça mais célere, mais justa" referiu.
Para a UCID, representada pela deputada Oriana dos Reis, a iniciativa é mais uma medida para melhorar a justiça.
“Achamos que é mais um passo importante no melhoramento do sector local, e queremos e esperamos que a proposta satisfaça os cabo-verdianos na Praia”, apontou.
O Parlamento aprovou ainda, na generalidade e especialidade, a proposta de lei que cria o Juízo de Família, Menores e do Trabalho no Tribunal Judicial da Comarca de acesso final de São Vicente.