Ulisses Correia e Silva, que falava aos jornalistas à margem da apresentação da Carta de Política para a Mobilidade Eléctrica, afirmou que a posição de Cabo Verde é que se encontre a forma de normalizar a situação económica, social e política naquele país que passará por eleições, nomeadamente, as presidenciais.
“Todo o esforço que for feito nesse sentido, todas as mediações que forem feitas, para nós e para Cabo Verde, serão benéficas no sentido de se encontrar uma solução pacífica”, defendeu Ulisses Correia e Silva.
Instado a comentar a situação dos estudantes cabo-verdianos que vivem na Venezuela, o primeiro-ministro garantiu que há muito tempo que Cabo Verde tem estado a dar o apoio necessário a esses estudantes e que, inclusive, alguns regressaram ao país com o apoio do Governo.
Apesar de reconhecer que “não tem informações concretas” sobre o número de estudantes cabo-verdianos que ainda estão naquele país sul-americano neste momento, assegurou que o Governo” estará sempre disponível a dar todo o apoio a nível diplomático para aqueles que queiram regressar a Cabo Verde.”
A Venezuela vive uma complexa crise política e económica, que se arrasta por mais de quatro anos. No centro do turbilhão está o governo de Nicolás Maduro, eleito pela primeira vez em Abril de 2013 e reeleito em 2018 por meio de eleições presidenciais ocorridas em 20 de Maio.
A crise agudizou-se quando Juan Guaidó, o novo líder da assembleia nacional detida pela oposição, prestou juramento para se declarar Presidente interino da Venezuela, numa altura em que decorriam manifestações violentas contra o governo de Nicolás Maduro.