O edil reage desta forma às declarações feitas esta segunda-feira pelo presidente dos democratas cristãos, que acusou a autarquia mindelense de usurpar os poderes da Assembleia Municipal na alienação ou cedência de espaços para a construção de hotéis.
Neves entende que António Monteiro é contra a iniciativa privada.
“Com as suas posições parece ser contra a iniciativa privada, porque proferir declarações à toa e sem conhecimento dos dossiers só nos leva a pensar dessa forma. Trabalhamos a procura de investidores nesta ilha para o fortalecimento da nossa economia. Portanto, é um crime o António Monteiro estar proferindo mentiras e fofocas a troco de votos a um ano das eleições. Isto é que é um atentado a democracia”, diz.
Augusto Neves refere-se ao protocolo assinado entre as câmaras municipais, a Direcção-Geral do Património e de Contratação Pública do Ministério das Finanças e a Cabo Verde TradeInvest para o reforço da capacidade de gestão dos imóveis, com o objectivo de reforçar a autonomia financeira do poder local na sua globalidade, e a descentralização de parte dos recursos do poder central.
As acusações da UCID surgiram na sequência da alienação dos espaços da ex-Congel na Laginha e da ex-Oficina de Kunk, para a construção de infra-estruturas hoteleiras, considerando que a Câmara não respeitou a lei ao não pedir autorização à Assembleia Municipal.
O edil mindelense explica que à luz do protocolo o processo é liderado pela Câmara Municipal, ficando assim os terrenos fora da alçada daquele órgão.
“Quem lidera isto é a Câmara Municipal, e as decisões têm sido tomadas no sentido de poder potencializar da melhor forma. É isto que está a acontecer. Talvez preocupa o António Monteiro em ver que as coisas estão a funcionar. Já arrancamos as obras na Avenida Marginal, o projecto para a ex-Congel está bastante avançado e as obras deverão arrancar depois da última feira, em Novembro”, refere.
O presidente da Câmara Municipal de São Vicente diz que o que o Estado pretende é que nos imóveis sejam desenvolvidos projectos turísticos de elevado valor para São Vicente, e desta forma atrair investimento privado para o país.
Augusto Neves diz que a Câmara Municipal respeita as leis, e que enquanto poder local, garantirá, com o apoio do Estado, que os projectos turísticos sejam levados a cabo com elevada capacidade técnica e financeira.