“Esta visita é o início de uma nova etapa nas relações entre os dois países. Com esta visita decidimos que vai ser assinado um acordo que prevê um tratamento especial específico aos residentes guineenses em Cabo Verde. Esse tratamento será recíproco”, afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros guineense, Susy Barbosa, referindo-se ao seu homólogo cabo-verdiano.
A chefe da diplomacia guineense falava aos jornalistas em Palácio do Governo, em Bissau, em conjunto com o seu homólogo cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, que termina hoje uma visita de dois dias à Guiné-Bissau.
“Os dois embaixadores vão preparar um acordo para reforçar o diálogo político e diplomático e resolver alguns problemas das nossas comunidades, principalmente da guineense [em Cabo Verde] no que respeita a documentação e identificação”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano.
Para Luís Filipe Tavares, os dois países devem trabalhar para a “completa integração dos guineenses em Cabo Verde e dos cabo-verdianos na Guiné-Bissau”.
“Isto é um marco importante para o futuro das nossas relações”, disse Susy Barbosa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano salientou também que os dois países deverão assinar um acordo para relançar a cooperação no setor da defesa.
O chefe da diplomacia viajou para Bissau acompanhado do secretário executivo da organização, o embaixador português, Francisco Ribeiro Telles.
A ministra guineense agradeceu o “papel determinante” da CPLP na resolução da crise política do país.
“Queremos restabelecer a comissão permanente da CPLP na Guiné-Bissau. Tenho o aval do primeiro-ministro [Aristides Gomes] para o estabelecimento de uma sede da CPLP em Bissau”, anunciou Susy Barbosa.