José Gonçalves falava aos jornalistas à margem do workshop de socialização dos resultados da consultoria sobre o Código de Turismo “White Paper”, hoje, na cidade da Praia.
“No caso da Brava, seria até o contrário, porque as queixas que têm havido, anteriormente, são quando não estava a operar o Kriola, que é um navio roll on roll off, leva passageiros e leva cargas”, garantiu.
O ministro justificou que quando o Kriola estava com esses problemas e os dois catamarãs não estavam a operar, o Sotavento ia para a Brava e que este, por não ter condições roll on roll off, levava apenas passageiros, devido à morosidade de carga e descarga.
“Hoje estamos muito habituados, nem damos por isso, do efeito, da importância que tem o roll on roll off. E só quando falha é que vemos, pondo um outro navio mais convencional, que não dá resposta”, afirmou.
Prosseguindo, o governante explicou que o facto de os barcos convencionais levarem duas ou três horas para carregar e descarregar condiciona o horário e que por isso houve o “percalço”.
“Mas apenas agora com Liberdade, já entrou em funcionamento, já está acautelada a situação e com o sistema roll on roll off evitamos esse problema dos barcos mais tradicionais e antigos que só estiveram lá pontualmente para resolver o problema”, explicou.
Finalizou dizendo que espera que até ao final do ano o navio esteja nas águas de Cabo Verde.
O deputado nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Clóvis Silva, disse, em conferência de imprensa, que a situação actual da ilha de Brava representa a prova “mais clara” de que o Governo “não teve em conta”, ao conceder a exploração dos transportes marítimos à empresa CV Interilhas, que o serviço de transporte de passageiros e cargas para a Brava é “um serviço de utilidade pública” e “não uma actividade comercial”.
Por isso, denunciou que se a quantidade de carga que chega para ordem de embarque não se justificar, ela é deixada no cais.