“As críticas bem fundamentadas são benéficas para melhorar o sistema de justiça e de segurança”, precisa o chefe do Governo, que contudo lamenta o aproveitamento "oportunístico" de casos judiciais.
Segundo Ulisses Correia e Silva, este tipo de situações não se verifica em parlamentos de outros países, que são “muito mais desenvolvidos” do que Cabo Verde, quando afectados por crime graves, nomeadamente ataques terroristas.
“O que se vê nesses países, nos momentos difíceis, é um juntar de forças dos actores políticos em defesa do seu sistema e das suas forças de segurança”, declarou.
O chefe do Governo disse que esperava que os deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) aparecessem no debate a “repudiar todos os actos de crime, em vez de estar a acusar o Governo”.
Garantiu, entretanto, que o executivo vai continuar a garantir investimentos em meios, com vista a criar condições para o “reforço da qualidade da justiça” no país.
PAICV acusa Governo de falta de pulso no combate à criminalidade
O PAICV acusa o Governo de falta de pulso firme no combate à criminalidade no país. Em causa, os recentes episódios de crimes contra pessoas e bens. Esta manhã, no parlamento, o maior partido da oposição, através do deputado Clóvis Silva, disse que a situação da segurança no país inspira muita preocupação e afecta de maneira sem precedentes a situação da justiça num país que, diz, não está organizado.
O Orçamento do Estado para 2020 aloca ao sector da Justiça 2,2 milhões de contos, o que representa um crescimento de 8,7 por cento em relação a 2019.
Em relação à segurança, o orçamento afecta cinco milhões de contos, “um crescimento de 13,8%, comparativamente a 2019.
“Importantes progressos têm sido feitos na justiça e na segurança”, garantiu.