​Governo acredita estar no caminho certo. Oposição quer mais

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,27 mar 2019 15:06

Ulisses Correia e Silva
Ulisses Correia e Silva

Aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para fazer face às elevadas vulnerabilidades ambientais e a exposição aos choques externos. É este o principal desafio do país, no percurso para o desenvolvimento sustentável, disseram hoje governo e maioria, durante o debate mensal com o Primeiro-Ministro.

Afirmação feita pelo primeiro-ministro, no arranque do debate parlamentar sobre “Estratégias de desenvolvimento sustentável”. Ulisses Correia e Silva explica que as reformas estão a ser implementadas.

“Estamos a construir e a implementar respostas através do aumento da resiliência no sector agrário assente numa estratégia de diversificação das formas de mobilização de água para irrigação, articuladas com a política de transição energética e a investigação agrária. A política de transição energética com segurança, eficiência e sustentabilidade para reduzirmos a dependência de combustíveis fósseis e a factura energética do país”, aponta.

“A estratégia de desenvolvimento rural assente na diversificação das actividades económicas nos municípios rurais, melhorias de acessibilidades, requalificação urbana e ambiental nos municípios de forte incidência rural e a formação profissional e programas de empreendedorismo dirigidos a jovens dos municípios rurais”, acrescenta.

Correia e Silva diz que o desenvolvimento sustentável é um grande compromisso de longo prazo e acredita que o seu executivo está no caminho certo. O chefe do Governo afirma que Cabo Verde possui condições favoráveis para uma boa inserção no sistema económico mundial, e que a ambição é tornar o país relevante a todos os níveis no Atlântico Médio.

“O objectivo é tornar Cabo Verde num país com relevância no atlântico médio em termos económicos, posicionando o país como plataforma no turismo, nos transportes aéreos, nas operações portuárias, nas operações de comércio e investimentos, na economia digital e em serviços financeiros. O nosso interesse estratégico está claramente no Atlântico Médio”, diz.

Já o PAICV entende que a ambição do país deve ser alicerçada nos resultados que o arquipélago conseguiu atingir nos 43 anos de independência. A presidente do maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, afirma que é preciso acelerar as reformas e ter uma verdadeira agenda de transformação económica.

“Podemos aumentar a nossa capacidade de competir, a nossa capacidade de competir, podemos melhorar a eficiência do sistema educativo e podemos assegurar a formação das competências que o país precisa. Mas para isso é preciso acelerar as reformas. Temos de ter uma verdadeira agenda de transformação económica, e isso só será possível se fortalecermos as instituições e a administração pública para, em consequência, a acção governativa melhorar e a máquina pública for mais eficiente”, defende.

A UCID, através do deputado António Monteiro diz que é preciso menos retórica e mais táctica para concretizar as estratégias.

“A estratégia para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde deveria ser encarada como algo extremamente séria, e pensamos que provavelmente o Governo do MpD poderá estar nesta senda. Mas, mais do que retórica, é preciso termos a táctica necessária para que a estratégia possa se consumar no seu dia-a-dia”, entende.

O líder parlamentar da maioria, Rui Figueiredo Soares, constata uma realidade macroeconómica positiva.

“Estamos na presença de uma realidade bem diferente daquela que conhecíamos antes de Março de 2016. O actual quadro macroeconómico e fiscal é positivo, embora esse quadro não esconda a existência de problemas ainda por resolver, em relação aos quais, todavia, já estão em execução medidas destinadas à sua solução”

O MpD considera que o executivo de Ulisses Correia e Silva está a dar passos seguros para colocar Cabo verde no rol dos países desenvolvidos. 

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,27 mar 2019 15:06

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  21 dez 2019 23:21

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