"Missão cumprida, grandes soluções encontradas a que neste momento é preciso dar continuidade para ter o sucesso almejado", foi com estas poucas palavras que José Gonçalves resumiu a sua presença à frente do Ministério da Economia Marítima, Transportes e Turismo.
"As grandes políticas já estão desenhadas, agora é implementá-las", disse, por sua vez Paulo Veiga após tomar posse como ministro da Economia Marítima.
Quanto às prioridades que vai ter no tempo que falta para cumprir neste mandato, Paulo Veiga esclareceu que o seu objectivo é "concluir a implementação dos transportes marítimos interilhas, fazer com que o sistema funcione. Iremos também ter a privatização dos portos, acompanhar e acelerar as infraestruturas que estão a ser construídas, em especial o porto do Maio, que é uma parte muito importante para que o sistema de transporte marítimo possa funcionar como está desenhado na política e na concessão que foi implementada", desde o ano passado.
Outra das prioridades para o novo ministro da Economia Marítima é a implementação do Campus do Mar e do Instituto do Mar em São Vicente .
A concessão dos portos está igualmente a ser estudada. "Estamos, com o trasaction adviser, a fazer a escolha do melhor modelo para podermos lançar o concurso internacional", disse Paulo Veiga, acrescentando que até ao fim do primeiro trimestre deste ano o concurso será lançado.
Já para Carlos Santos, que entra para o governo para ocupar a pasta do Turismo e Transportes, "estamos no início de uma nova etapa. Uma etapa de continuidade tendo em conta que estamos a implementar um programa de governo que já foi sufragado. O que eu posso dizer é que na área do Turismo haverá uma continuidade das políticas já definidas tanto na área da sustentabilidade como da promoção do país. Nos transportes, que para mim é uma área nova, irei dar continuidade às soluções já desenhadas e implementadas pelo governo".
O ministro assegurou depois que o processo de concessão dos aeroportos está em andamento e "já há pronunciamentos tanto do governo como do antigo ministro nesse sentido. No primeiro semestre deste ano haverá o avanço desse processo de concessão da gestão dos aeroportos".
Também, hoje, Rui Figueiredo Soares tomou posse como ministro da Integração Regional sucedendo a Júlio Herbert.
O antigo líder parlamentar do MpD que passa agora a ocupar aquela posição ministerial disse estar ciente dos desafios que tem pela frente.
"É um enorme desafio. O Presidente da República nas suas palavras de bom ano e de felicitações aos novos membros do governo definiu de forma lapidar esta função dizendo que o futuro de Cabo Verde está na sua integração e a integração regional é um grande desafio, hoje em dia, neste mundo cada vez mais globalizado", disse Rui Figueiredo Soares após a sua tomada de posse.
A integração regional tem sido um dos grandes temas de debate político em Cabo Verde. No entanto, ao longo dos anos os resultados têm sido escassos. Figueiredo Soares reconhece que têm havido alguns entraves a uma plena integração regional de Cabo Verde. "Nós sabemos que estes desafios são enormes. Cabo Verde tem a especificidade de ser um arquipélago. Pela nossa história e pelo percurso que fizemos até hoje, esta integração tem sido dificultada, mas pensamos que os desafios podem ser ultrapassados e conseguiremos dar passos significativos no sentido de uma integração efectiva".
Por último, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, explicou que José Gonçalves deixou o governo "por razões pessoais" e garantiu que o governo "só tem a agradecer o bom desempenho que ele teve enquanto membro do governo e em pastas muito exigentes".