Jorge Santos, que falava na sessão solene comemorativa do 13 de Janeiro, Dia da Democracia e da Liberdade, aproveitou também a data para apelar à união de toda a Nação e alertar à classe política de que devem constituir-se e erguer-se num exemplo constante para a sociedade.
No seu discurso, Jorge Santos referiu-se sobre as reformas elaboradas no parlamento como algo que veio dar “centralidade” ao trabalho parlamentar, assumindo-se este como o espaço da promoção da democracia, de divulgação dos valores do Estado de Direito e da defesa da cidadania e da participação.
O presidente da Assembleia Nacional, que realçou os ganhos conseguidos ao longo dos anos, admitiu também a necessidade de se vencerem desafios que tem a ver com a segurança nacional e internacional, com as desigualdades sociais ainda existentes, os níveis da pobreza e desemprego e com a luta para a conexão das ilhas.
“Não nos iludamos: a solução dos problemas do nosso país, passa invariavelmente por um crescimento económico robusto e por tempo relativamente longo, por rendimento e criação de riqueza das pessoas, vencer desafios da educação, qualificação e emprego dos jovens”, disse.
Feito isso, lembrou os sinais de retoma do crescimento económico, da melhoria do ambiente de negócios e da baixa do desemprego, sublinhado que são marcas de regozijo, mas que exigem permanente diálogo e construção de consensos para garantir que o caminho traçado é o melhor para a Nação.
Para concluir recordou a todos que o 13 de Janeiro é sempre momento para reflectirem sobre o percurso realizado e para projectar novos desafios e renovarem o compromisso para servir e cuidar de Cabo Verde, com democracia, liberdade, diálogo e criação de condições necessárias para o desenvolvimento e bem-estar dos cidadãos.
O 13 de Janeiro, que já é feriado nacional, é a data em que, pela primeira vez, em 1991, os cabo-verdianos exerceram o seu direito de voto nas primeiras eleições multipartidárias, após 16 anos em regime de partido único.
As primeiras eleições multipartidárias no arquipélago, realizadas em 1991, foram ganhas pelo Movimento para a Democracia (MpD), partido que regressou em 2016 ao poder após 15 anos na oposição.