Esta moção de estratégia tem como lema “reforçar o compromisso com Cabo Verde” porque, segundo o presidente do partido, José Ulisses Correia e Silva, “esta é a missão do partido, que agora vai ser reforçada”.
Refere Ulisses Correia e Silva que este é mais um instrumento que incorpora aquilo que é o sentimento dos cabo-verdianos para um crescimento “cada vez maior”.
O líder do partido no poder realçou que não existe conflito entre “o seu partido é Cabo Verde” e “o seu partido é MpD”, porque é um partido só, mas quando se refere que o seu partido é Cabo Verde significa que o MpD “não exclui” ninguém.
O líder do MpD anunciou que há um grande trabalho a fazer, que é a Reforma da Administração Pública, e explicou que as preocupações dos militantes são “legítimas”, mas relembrou-os que estão a “carregar” uma administração que foi formatada por volta de trinta anos de uma determinada forma.
“Não são 15 anos não. É de 1975 a 1990, depois houve um período de 10 anos que não foi suficiente para desmontar a forma como a Administração do Estado estava formatada e depois vieram mais 15”, salientou o líder do MpD.
Segundo o mesmo, o movimento da mudança às vezes é lento porque “mexe-se com uma máquina”, mas acentuou que não tem dúvidas de que no período que tem de mandato, vai ter uma administração “totalmente diferente”, mais voltada para o serviço público, mais exigências no desempenho e na avaliação dos funcionários, e transforma-los em servidores do Estado e não dos partidos políticos.
Defendeu ainda que se não houver um caminho muito claro em relação a isso, não é possível mudar esta situação, reconhecendo que há problemas e reivindicações, mas o essencial é não desviar-se.
O Movimento para a Democracia encontra-se reunido desde sexta-feira e hoje, sábado, em Convenção Nacional, na cidade da Praia, onde reúne cerca de 300 delegados, sendo que 30 são da diáspora.