Governo sugere às Forças Armadas a criação de uma lei de Programação Militar

PorSheilla Ribeiro,11 mar 2020 12:05

Luís Filipe Tavares
Luís Filipe Tavares

O ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, propôs hoje às Forças Armadas (FA) uma lei de Programação Militar que permita ter uma “noção exacta” das necessidades da instituição a longo prazo.

Luís Filipe Tavares discursava durante a abertura da Reunião do Conselho Superior de Comandos alargada aos directores de Serviço e Equiparados (CSC), no Auditório do edifício do Estado-Maior das Forças Armadas.

“A lei de Programação Militar vai-nos permitir programar as aquisições dos meios necessários para o funcionamento normal das Forças Armadas. Eu sei que temos dificuldades, o orçamento das Forças Armadas em Cabo Verde é reduzido, é verdade, estamos muito aquém daquilo que são as práticas internacionais. O nosso país é diferente, nós temos uma natureza estrutural diferente da maioria dos outros países, mas isso não implica que não tenhamos ambição e sobretudo visão daquilo que nós pretendemos do futuro”, discorreu.

O governante pediu às Forças Armadas que reflictam sobre a lei de Programação Militar, que poderia ter financiamento interno e externo para a sua concretização.

O ministro da Defesa frisou ainda a melhoria da condição de vida nas três regiões militares, a revisão do estatuto e a aprovação do novo regulamento de disciplina militar como sendo “passos importantes”.

“Esta manhã vamos ter a oportunidade, no âmbito da cooperação internacional, de assinar um protocolo com a República Popular da China num valor de 5 milhões de dólares para reforçarmos os equipamentos das Forças Armadas”, anunciou.

O governante avançou ainda que o governo está a trabalhar com a União Europeia e “vários” outros estados membros, de acordo com o Plano Estratégico da Guarda Costeira, no sentido de adquirir os meios necessários para o seu melhor funcionamento.

Por seu turno o Chefe do Estado-maior das Forças Armadas (CEMFA), Anildo Morais, destacou a melhoria condições de vida e trabalho nas unidades militares nos últimos três anos e as melhorias a nível da gestão da carreira e a nível salarial. Entretanto, conforme o CEMFA é necessária “maior coesão institucional”.

“Colocar a instituição acima de qualquer interesse pessoal é uma necessidade. Principalmente, uma instituição hierarquizada virada para protecção e defesa do país e do povo e cujos valores devem constituir pilares para eleger umas Forças Armadas coesas, fortes e confiáveis”, frisou.

Prosseguindo, afirmou que os desafios são “enormes”, pelo que é preciso continuar a atacar os problemas de uma forma consciente, consistente e sensata. Por isso, acredita que o balanço do ano de 2019 será, além de uma fonte de debate dos problemas e necessidades que ainda a instituição enfrenta, uma oportunidade de verificar o bom caminho já trilhado e os resultados das soluções que se têm implementado.

“O balanço deve ainda servir para tirar acções do que de bom foi feito, corrigir o que foi menos conseguido, inovar onde as soluções tradicionais já não resultam e consolidar soluções já tomadas”, finalizou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,11 mar 2020 12:05

Editado porSheilla Ribeiro  em  7 dez 2020 23:21

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