José Luís Santos fez estas considerações em conferência de imprensa para falar sobre a certificação para o processo do turismo da ilha vizinha do Sal no mês de Julho, e da Boa Vista, em Setembro.
“Sendo Boa Vista a ilha mais afectada pela covid-19, com todos os hotéis, e as empresas ligadas ao turismo, facto que mergulhou a ilha numa situação económica jamais vista, é do nosso ponto de vista uma medida que descrimina negativamente a ilha”, disse o autarca, alegando que isto vai acarretar “um impacto catastrófico a nível sócio-económico, financeiro e demográfico e a vários outros níveis”.
Neste sentido, José Luís Santos pediu ao Governo para certificar o processo de retoma do turismo da Boa Vista, em simultâneo com a ilha do Sal, entendendo que “não faz sentido este tipo de discriminação, precisamente na ilha mais afectada pela covid-19”.
Conforme analisou, caso contrário, prevê-se o encerramento das poucas empresas que ainda “teimam em não fechar” as portas, mobilização demográfica na ilha, diminuição drástica da população, ajuntando ainda que haverá “claramente” uma redução dos impostos municipais e do Estado.
Para o presidente da câmara da Boa Vista, a ilha precisa de “medidas urgentes” para reanimar a economia, de modo a dar alternativa à população que está “numa fase muito complicada, ou até mesmo desesperante”.
“Espero que o Governo tome em consideração a nossa chamada de atenção, e faça o processo simultâneo de Sal e Boa Vista”, pediu o edil, asseverando “não entender esta decisão que não faz sentido, e nem aceita este tipo de discriminação negativa à ilha da Boa Vista”.