Testes rápidos obrigatórios para passageiros de voos que partam do Sal e Praia

PorAndre Amaral,10 jul 2020 12:10

Medida foi anunciada hoje pelo Primeiro-ministro numa declaração ao país e insere-se num conjunto mais alargado de medidas de prevenção da disseminação da doença no país.

A partir do dia em que se dê a retoma dos voos interilhas - a partir de dia 15 de Julho - os passageiros que queiram viajar a partir das ilhas onde há casos de transmissão comunitária, Santiago e Sal, são obrigados a apresentar um teste negativo à COVID-19 que tenha sido realizado, no máximo, até 72 horas antes do voo.

O anúncio foi feito pelo Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, esta manhã numa declaração ao país feita no Palácio do Governo. "Considerando a situação das ilhas de Santiago e do Sal, actualmente com elevada transmissão comunitária, é introduzida medida adicional de exigência de testes rápidos. Pessoa que se desloca de Santiago ou do Sal para outras ilhas, tem que apresentar no check-in, teste de despiste da COVID-19 com resultado negativo, efectuado nas 72 horas que antecedem a viagem", disse.

Ainda segundo o Primeiro-ministro estão criadas as condições "para que testes sejam realizados em todas as delegacias de saúde dessas duas ilhas, evitando a deslocação de pessoas a um único centro. Laboratórios privados, certificados pela Entidade Reguladora Independente da Saúde, mediante protocolo definido pelo Ministério da Saúde e da Segurança Social poderão realizar testes, criando assim mais alternativas de oferta desse serviço aos utentes".

Quanto à retoma dos voos internacionais, apenas uma frase: "No momento próprio serão definidas a data e as condições para a retoma dos voos internacionais de passageiros".

As medidas de segurança para os voos internos já foram entretanto definidas numa Resolução do Conselho de Ministros publicada, esta quinta-feira, no Boletim Oficial.

Terminada a declaração de Ulisses Correia e Silva, coube ao ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, responder às questões da comunicação social.

Questionado se a frase utilizada por Ulisses Correia e Silva sobre os voos internacionais significava um possível adiamento da retoma para lá da data prevista actualmente - Agosto - ou a exigência, por parte de Cabo Verde, da realização de testes para quem queira viajar para o país, Arlindo do Rosário reforçou as palavras do Primeiro-ministro.

"Vou dizer o que o Primeiro-ministro acabou de dizer. No momento próprio será decidido sobre as viagens internacionais. Não há muito mais a acrescentar. Nós fazemos a apreciação das medidas de uma forma regular. A cada 15 dias analisamos não só a evolução interna da epidemia como da situação internacional".

CDC alerta para testes rápidos

No passado dia 30 de Junho o CDC dos EUA veio a público esclarecer o que significa dar positivo ou negativo nos testes rápidos.

Assim, explica o CDC, o resultado positivo do teste "mostra que pode ter anticorpos de uma infecção com o vírus que causa a COVID-19. Contudo, há uma hipótese de um resultado positivo significar que tem anticorpos de uma infecção com um vírus da mesma família de vírus (chamado coronavírus), tal como o que causa a constipação comum. Ter anticorpos para o vírus que causa a COVID-19 pode proporcionar protecção contra a infecção pelo vírus novamente. Se o fizer, não sabemos quanta protecção os anticorpos podem proporcionar ou quanto tempo esta protecção pode durar". 

No entanto, apesar de ter testado positivo, a pessoa "deve continuar a proteger-se a si próprio e aos outros, uma vez que pode voltar a ser infectado com o vírus. Se trabalha num emprego onde usa equipamento de protecção pessoal (EPI), deve continuar a usar EPI". 

Há igualmente a possibilidade de "testar positivo para anticorpos mesmo que nunca tenha tido sintomas de COVID-19. Isto pode acontecer se tiver tido uma infecção sem sintomas, o que se chama uma infecção assintomática". 

Já se o "seu teste for negativo talvez nunca tenha tido o COVID-19" mas "poderá ainda ter uma infecção actual. O teste pode ser negativo porque normalmente demora 1-3 semanas após a infecção para que o seu corpo produza anticorpos. É possível que ainda possa ficar doente se tiver sido exposto ao vírus recentemente. Isto significa que ainda pode espalhar o vírus. Algumas pessoas podem levar ainda mais tempo a desenvolver anticorpos, e algumas pessoas que estão infectadas podem nunca desenvolver anticorpos".

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Autoria:Andre Amaral,10 jul 2020 12:10

Editado porAndre Amaral  em  24 abr 2021 23:22

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