homepage
Segundo o apuramento geral divulgado, sexta-feira à noite, no site de acompanhamento dos resultados, o Movimento para a Democracia (MpD) perdeu a liderança em cinco das 18 câmaras (e conquistou uma nova) que detinha, incluindo a Praia, que passou para as mãos do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que aumentou a presença autárquica de duas para oito câmaras.
Além da Praia, capital do país, o MpD perdeu para o PAICV as câmaras municipais de São Filipe (ilha do Fogo), Tarrafal, São Domingos e Ribeira Grande (Santiago), tendo conquistado a de Ribeira Brava (São Nicolau), que desde as eleições de 2016 era liderada por independentes.
O MpD manteve as câmaras do Sal, Maio, Brava, São Vicente (perdendo a maioria), Tarrafal (São Nicolau), Porto Novo, Paul e Ribeira Grande (Santo Antão), Santa Catarina, São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos e São Miguel (Santiago).
O PAICV, além de manter as duas câmaras municipais que já detinha, em Santa Cruz (Santiago) e Mosteiros (Fogo), e de conquistar cinco ao MpD, também venceu a câmara da Boa Vista (embora sem maioria na Assembleia Municipal: 5, PAICV; 5 MpD; 3 PP), que antes estava nas mãos do independente José Luís Santos, que nestas eleições liderou a lista do MpD, tendo sido derrotado.
As oitavas eleições autárquicas registaram uma taxa de abstenção de 41,8%, a terceira maior na história do país.
Segundo o apuramento do total de 1.386 mesas de votos, 141.251 eleitores não foram às urnas, correspondendo a 41,8% do total de inscritos.
Segundos os dados da CNE, no domingo, foram registados ainda 2.674 votos nulos (1,4%) e 3.447 em branco (1,8%). O nível de participação nas eleições foi de 58,2%, correspondendo a 196.596 eleitores.
Para esta votação estavam inscritos 337.083 eleitores, distribuídos por 1.386 mesas de voto em todo o arquipélago, um aumento de 34.073 eleitores (+11%) face às eleições municipais anteriores, em 2016.
