Anúncio feito hoje, em conferência de imprensa, por Alcides Graça.
“Estou de consciência tranquila, porque, internamente, fiz tudo aquilo que podia para evitar este desfecho, mas não encontrei do outro lado nenhuma abertura para construir os entendimentos necessários e desejáveis”, assegura.
Graça afirma que tomou esta decisão porque a Comissão Política Nacional do partido fechou-se a qualquer negociação.
“Tomei esta decisão, não pelo facto de ter sido atirado da primeira para a quinta posição da lista, mesmo sendo um lugar não elegível, atrás de um independente. Tomei esta decisão em nome do apreço e consideração que a região política de São Vicente me merece e pelo respeito e consideração pela legitimidade da figura do presidente da CPR”, refere.
Já antes, a CPR do PAICV, em São Vicente tinha criticado a alteração da proposta original de integrantes da lista para as próximas legislativas, bem como a forma como o processo foi conduzido pela Comissão Política Nacional.
Na altura, o PAICV em São Vicente demarcou-se da proposta apresentada pelos órgãos nacionais, que alteraram o cabeça-de-lista e as posições dos números dois, três, cinco e seis, alegadamente, sem concertação entre as partes.
Apesar de colocar o lugar à disposição, Alcides Graça afirma que vai continuar a gerir a região política interinamente.
“Por outro lado, mesmo não tendo sido convidado para integrar a direcção de campanha, pela minha lealdade ao PAICV, estou totalmente disponível para ajudar o nosso partido nas acções de campanha”, sublinha.
Segundo Alcides Graça, as eleições internas regionais deverão ser realizadas depois das legislativas.
Questionado sobre se está disponível para se recandidatar ao cargo, diz que ainda não tomou qualquer decisão.