“Todos sabem de onde venho no espectro político cabo-verdiano. Mas, no cumprimento da letra e do espírito da Constituição, proponho-me ser um candidato apartidário e serei um Presidente da República acima dos partidos. A minha camisola será, como aliás sempre foi, a da seleção nacional. Por isso e esta é, na sua essência, uma candidatura independente e cidadã”, anunciou.
Carlos Veiga deixou claro que apesar da sua candidatura ser independente estará sempre aberta, dentro do quadro legal, a apoios institucionais de qualquer partido nacional ou organização da sociedade civil e de todos que nela se revejam.
Caso vier a ser Presidente da República, Carlos Veiga promete dedicar uma atenção especial às comunidades emigradas pelo mundo, activo e estratégico da Nação, com vista a assegurar a sua protecção, quando necessária, nos países de acolhimento.
No seu discurso, Veiga apelou ainda a todos os cidadãos a que participem, com responsabilidade e respeito pelas regras de prevenção e controlo da COVID-19, na campanha eleitoral para as próximas eleições legislativas.
“Após as eleições legislativas, terei muitas oportunidades de voltar a encontrar-me com os cabo-verdianos, de conversarmos e partilharmos esta crença firme e forte que nos une e que queremos tornar realidade. Quero começar com os jovens. Não é justo que a juventude cabo-verdiana continue a ser contaminada por informações e motivações que não sejam a mais pura verdade”, discursou.
Carlos Alberto Wahnon de Carvalho Veiga nasceu em São Vicente, em 1949, e licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa.
Foi Primeiro-ministro de Cabo Verde de 1991 a 2001 e exerceu ultimamente de 2016 até 2019 o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Cabo Verde nos EUA e Israel.