Na localidade de Terra Boa, onde a comitiva do PAICV esteve esta segunda-feira em porta-a-porta seguido de um mini comício, a mensagem do partido foi centrada, essencialmente, nas questões da habitação e da dignidade habitacional.
Numa altura, em que, segundo Démis Almeida, surgem promessas de campanha eleitoral, de se entregar casas e terrenos às pessoas.
“Quando, a população de Terra Boa conviveu, ao longo desses cinco anos, e a pouquíssimos metros da sua residência com casas totalmente prontas, concluídas, dignas, e que não foram entregues”, mencionou, compreendendo, que não foram entregues porque, o actual Governo “não teve política habitacional nenhuma”.
“Aquilo que se nota, é que tivemos um Governo que não foi capaz, eventualmente, por complexo, de concluir um programa de habitação social que já estava pronto, concebido (…), e proceder a entrega dessas habitações, contribuir para que o déficit habitacional na ilha fosse menor, e as pessoas pudessem viver com mais dignidade habitacional”, frisou.
Fazendo essa análise, Démis Almeida reiterou que se o seu partido for Governo assumirá o compromisso de executar políticas públicas para a habitação social condigna através, explicou, de uma “forte intervenção” do Estado enquanto agente promotor, mas envolvendo entidades privadas, nomeadamente empresas de construção civil, entidades não-governamentais, aquelas que estão voltadas para políticas comunitárias de habitação social.
“E deste modo, fazemos face a um problema que é gravíssimo, um dos maiores problemas que temos no País, de déficit habitacional. De pessoas que vivem, de facto, em condições precárias, que roçam a indignidade habitacional”, enfatizou.
Démis Almeida concluiu, reafirmando, que o Governo do PAICV saído dessas eleições, liderado por Janira Hopffer Almada, dará uma atenção “muito especial” à questão da habitação.
Questionado se é possível acabar com as barracas na ilha, Démis Almeida respondeu afirmativamente, ilustrando que se está a falar de um déficit habitacional em torno de duas mil habitações.
“É evidente que isso é possível, se tivermos como referência outros investimentos que são feitos ao nível de infra-estruturas, dos transportes, de avales que são dados a empresas… é verdade que Cabo verde tem capacidade para resolver o deficit habitacional no Sal e no País, desde que haja vontade política e políticas assertivas”, finalizou.
A comitiva do PAICV estará hoje em Santa Maria para contactos porta-a- porta e em Chã de Matias, nos Espargos, onde nesta zona, fará um comício no final da tarde.