Filho de cabo-verdiano, nascido no Senegal e técnico de Turismo formado na Áustria, Albertino Mosso é, desde 2014, cônsul honorário do Reino Unido em Cabo Verde.
O candidato reconhece no Sal um potencial inexplorado e acredita que junto das entidades locais e centrais conseguirá reunir todos os benefícios para o desenvolvimento da ilha, “e não deixar a promoção de Cabo Verde, como destino turístico, à mercê dos investidores estrangeiros.
“Sinto-me um privilegiado e grato por ter sido adoptado pelos salenses, de todas as camadas da sociedade, desde o primeiro dia que pisei esta ilha, e após trinta anos na ilha do Sal, achei por bem aceitar, humildemente, o desafio de continuar a ser um dos agentes de transformação da ilha, abraçando a minha candidatura à presidência da Câmara Municipal do Sal”, apresentou-se desta forma aquele candidato, prometendo todo “empenho e zelo”.
Albertino Mosso garante querer construir “um município moderno com projectos de futuro, próximo da população e solidário com as suas legítimas aspirações”.
A mesma fonte entende que os recursos da ilha não têm sido trabalhados de forma a dar frutos e realça a necessidade de o Sal focar-se em outros pontos, que não o turismo.
“Acreditamos que a ilha do Sal ainda não aproveitou todas as suas potencialidades para se distinguir a nível nacional e mesmo internacional. Os recursos não têm sido trabalhados e o Sal não pode, apenas, concentrar-se no turismo, ainda que pouco ou mal explorado, na verdade, não se tem dedicado a devida atenção ao sector do turismo e, muito menos, aos diversos sectores que a ilha almeja ver desenvolver de forma sustentável, com os nossos próprios recursos como as áreas da pesca, agricultura, criação de gado e energia renovável, entre outros”, precisou.
O candidato do PAICV acredita que a ilha pode ser melhorada com o envolvimento das associações e das instituições que dispensam, diariamente, todos os seus esforços para que possa atingir o devido desenvolvimento nas áreas de Educação, Formação Profissional, Juventude, Desporto e Cultura e não “apenas no seu crescimento, como tem vindo a acontecer até agora”.
“O Sal tem todas as condições para se tornar numa ilha cada vez mais moderna, segura, competitiva, cosmopolita, inclusiva e com qualidade ambiental. Tem potencial para ser uma ilha atraente para se viver, investir e fazer negócios; uma ilha propiciadora de oportunidades para os jovens, onde as mulheres vêm os seus direitos respeitados, os idosos são protegidos e os visitantes são acolhidos com a nossa tradicional morabeza”, diz Albertino Mosso.
Por seu turno, a líder da Comissão Política do Sal (PAICV), Ana Paula Santos, deixou saber as motivações do partido para as autárquicas que se avizinham, considerando ser “aliciante” os desafios que o partido terá em projectar a ilha ao patamar de desenvolvimento “almejado” pela sua população.
Ana Paula Santos destacou o trabalho desenvolvido por todos da Comissão Regional, trabalho este que a mesma considerou ter sido feito “de forma serena e discreta, na formatação das candidaturas”.
“Durante este processo foi feita uma pesquisa para testar a opinião dos salenses em relação aos putativos pré-candidatos, e no seguimento a Comissão Política aprovou os nomes de Albertino Mosso como pré-candidato a presidente da Câmara Municipal do Sal e Manuel Portugal como pré-candidato a presidente da Assembleia Municipal”, rematou a líder da Comissão Política do PAICV na ilha do Sal.
A mesma fonte lamentou o facto da não realização de uma reunião alargada dos militantes do partido devido às circunstâncias actualmente vividas na ilha, decorrentes da pandemia de covid-19.