“Para fazermos essa diferença, para promovermos a inclusão, para criarmos oportunidades, temos que fazer uma parceria com cada cidadão no dia 18 de Abril”, referiu a candidata, ao final da tarde desta sexta-feira, durante a apresentação da lista dos candidatos por São Vicente às eleições legislativas de 18 de Abril.
Freitas deixou claro que o partido defende a regionalização administrativa dentro de uma ampla reforma do Estado e quer mais investimentos nos sectores ligados ao mar, na cultura, entre outros.
“Juntos temos que encontrar soluções para o emprego e oportunidades. Precisamos assumir que Mindelo já é uma cidade universitária. Precisamos de uma residência universitária para dar o salto em frente, por exemplo. Precisamos debater sobre as fragilidades da justiça. Acima de tudo, precisamos de um grande investimento na educação cívica para a cidadania”, apontou.
Presente no acto, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, afirmou que a regionalização administrativa só pode avançar com a reforma do Estado, com a libertação de recursos e com a não duplicação dos custos e estruturas.
“Mas reformando o Estado, temos que garantir investimento nas pessoas. Temos que investir na saúde, na educação e na habitação. Temos um Estado pesado que não tem eficácia e eficiência que os cabo-verdianos merecem e que Cabo Verde precisa. Também temos que mexer nos custos do Estado. Temos de ter coragem de reduzir as estruturas supérfluas, de reduzir cargos no Governo e o número de deputados”, disse.
Janira Hopffer Almada entende que é preciso libertar custos para investir em sectores prioritários como a saúde e a educação. A par disso, afirma que Cabo Verde precisa de uma governação transparente.
No capítulo da segurança, a líder do PAICV propõe a criação da guarda nacional republicana e reformar o modelo de organização policial para reforçar o modelo de atuação e de resposta.
A nível dos transportes, considerado como um sector fulcral para o desenvolvimento do país, Hopffer Almada quer ver o Estado a assumir o seu papel na definição das políticas para o sector.
“A política de transportes de um país não pode ser definida por um privado. É responsabilidade do governo da República. Connosco, o transporte inter-ilhas vai ser retomado com o serviço público obrigatório, com garantia de ligação em condições que nos permita garantir a coesão territorial”, assumiu.
A nível internacional, a estratégia do PAICV passa pelo acordo de céu aberto “para melhorar as condições de os turistas chegarem ao país e assim contribuir para a recuperação da economia, geração de emprego e criação de oportunidades”.