“O Presidente da República vai exercer a sua magistratura de influência para que as universidades tenham mais músculo e muito mais capacidade de acção a nível nacional”, garante.
As dificuldades de acesso ao ensino superior, agravadas pela COVID-19 e pela seca, assim como a situação financeira das universidades, são algumas das questões que preocupam actualmente. O chefe de Estado considera fundamental encontrar novos mecanismos de financiamento do ensino superior no país de modo, sobretudo, a acudir as famílias mais carenciadas e garantir igualdade de oportunidade.
“Nesta linha, o Presidente da República, constatando as dificuldades, os problemas existentes, vai trabalhar, não só com o Governo, mas também com as autoridades locais no sentido de encontramos as melhores soluções. E todo o apoio que o Presidente puder dar na internacionalização das universidades, na busca de parcerias, o Presidente está disponível para fazer esse trabalho a nível internacional”, refere.
José Maria Neves adianta que a sua visita às instituições de ensino superior visa destacar a importância das universidades na aceleração do ritmo de desenvolvimento do arquipélago.
Lista de transição e de reclassificação dos funcionários do ISECMAR podem sair na próxima semana
No encontro com a equipa reitoral da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), liderada por Raffaella Gozzelino, Neves diz que pediu informações sobre as reivindicações dos funcionários docentes e não docentes da universidade, nomeadamente a regularização da carreira e a não instalação de importantes órgãos de gestão da instituição.
“Pedi informações sobre essa questão. Segundo a magnífica reitora, estão a tomar as medidas necessárias para por cobro às reivindicações que os professores estão a fazer ao nível da universidade. A lista de transição e de reclassificação poderão sair na próxima semana e depois poderão ver como mobilizar recursos para satisfazer as reivindicações dos professores, e espero que isso aconteça nas próximas semanas”, aponta.
Os funcionários docentes e não docentes do Instituto de Engenharias e Ciências do Mar da Universidade Técnica do Atlântico (UTA), pediram, a 12 de Outubro, a suspensão da actual equipa reitoral e consequente suspensão de todas as medidas “ilegais” tomadas unilateralmente pela reitora. Em causa, várias práticas que "ferem'' os estatutos da UTA, desde o empossamento da actual equipa, em Agosto do ano passado. As acusações foram, entretanto, negadas pela reitora da UTA, que manifestou total disponibilidade e abertura para o diálogo e a concertação, de modo a instalar um clima de paz, tranquilidade académica e entendimento a favor da construção de um ambiente interno favorável que permita o sucesso da instituição.