Em entrevista à Inforpress, o edil portonovense confirmou que o plano municipal de mitigação dos efeitos do mau ano agrícola e da seca no município do Porto Novo já foi homologado pelo ministro da Agricultura e Ambiente.
O plano possui três componentes, uma das quais relativa à criação de emprego, que começa a ser implementada a partir de Janeiro, sob a responsabilidade da edilidade, que terá à sua disposição 23 mil contos para a criação de infra-estruturas que tragam resiliências às comunidades.
A reabilitação das vias de acesso será, também, outra intervenção prevista no quadro do plano de mitigação dos efeitos da seca no Porto Novo, com o propósito de gerar postos de trabalho para as populações rurais afectadas pela seca.
O montante será disponibilizado através de duodécimos, conforme o edil do Porto Novo, que explicou que o plano incidirá ainda na gestão de escassez de água e o salvamento do gado, medidas que estão a cargo da delegação local do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA).
Em relação ao salvamento do gado, o delegado do MAA no Porto Novo, Joel Barros, explicou que os criadores no município já podem adquirir ração animal com 30 por cento (%) de bonificação.
Joel Barros precisou à Inforpress que os criadores já podem se dirigir aos serviços deste ministério para receber credenciais que os permitem comprar a ração com 30% de desconto numa empresa local.
O presidente da edilidade porto-novense tinha alertando para o facto de o município do Porto Novo e a ilha de Santo Antão enfrentarem, neste momento, “um período extremamente difícil” marcado por cinco anos de seca consecutivos, sendo este (2021) o pior de todos.
Trata-se de “um período de seca jamais visto” no seu concelho e em toda a ilha de Santo Antão, sendo 2021 “o pior ano de todos”, segundo este autarca, para quem se está perante “um contexto extremamente difícil” para o seu município.