Não "foram criadas condições para que a disputa interna ocorra num clima de transparência, imparcialidade e verdadeiro espírito democrático", acusa Edson Ribeiro num comunicado enviado ao Expresso das Ilhas.
No mesmo comunicado, Edson Ribeiro refere que desde que anunciou que era candidato "em Dezembro de 2021" verificaram-se "por várias vezes, interferências de alguns elementos da actual direcção do partido numa clara tentativa de condicionar e excluir o projecto por ele liderado". Assim, Edson Ribeiro decidiu não avançar na corrida eleitoral para a sucessão de António Monteiro na presidência da UCID por considerar que esse "processo se configuraria à legitimação de práticas levadas a cabo por alguns elementos do partido e que em nada beneficiam a UCID, os seus militantes e Cabo Verde no seu todo".
"Com o seu projeto, Edson Ribeiro pretendia reposicionar a UCID, de forma a granjear novamente a confiança dos cabo-verdianos, no país e na diáspora, transformando-o num partido mais coeso e inclusivo, mais democrático, com visão e de dimensão verdadeiramente nacional para mais e melhor servir Cabo Verde, pressupostos estes que se esbarraram numa postura antidemocrática, de exclusão e interferências, em contramão aos Estatutos do partido", lê-se ainda no comunicado.
No mesmo texto Edson Ribeiro manifesta-se "disponível para continuar a trabalhar em prol do crescimento da UCID se a direcção que vier a ser eleita se mostrar verdadeiramente interessada e comprometida em melhor servir Cabo Verde e todos cabo-verdianos, bem como os emigrantes aqui residentes".