Augusto Neves afirma que a autarquia tem “funcionado normalmente”, apontando como exemplo a aprovação do plano de actividades e orçamento de 2022.
“Em todos os países onde há maiorias relativas isso acontece, os desentendimentos acontecem. Espero que os partidos e eu cheguemos a entendimento, para dar continuidade ao desenvolvimento da ilha. Em termos normais, as coisas funcionam, a câmara não para, está em um funcionamento. Agora estamos a preparar o orçamento para 2023 para levar à Assembleia Municipal e já pedimos contributos aos vereadores, estamos abertos e queremos o apoio de todos”, afirma.
O MpD venceu as eleições de 25 de Outubro de 2020, em São Vicente, mas sem maioria absoluta. Na câmara, conseguiu quatro mandatos, a UCID três e o PAICV dois. Desde então, são várias as denúncias de ambos os lados sobre a falta de entendimento na gestão da autarquia, entre os partidos da oposição e o presidente eleito.
“Neste momento, faltando tão pouco [para o fim do mandato] não seria de bom-tom fazer uma eleição. Obviamente, se a lei previsse que a eleição desse direito a um mandato completo, era outra coisa. Neste momento, é preciso um ano até as eleições, mais um ano de mandato, para depois voltar a realizar eleições. Não seria bom, não no sentido de custo, mas no sentido do desenvolvimento da ilha. Queremos dar continuidade e há condições para darmos continuidade ao trabalho que está a ser feito”, assegura.
Sobre a possibilidade da não aprovação do plano de actividades e orçamento para 2023,Neves recorda que “a lei dá a possibilidade de duodécimos”.
Questionado sobre a delegação do governo que esteve em São Vicente, para se reunir com as partes envolvidas no impasse na governação municipal, Augusto Neves aponta que é preciso dar tempo para que “a comissão possa fazer o seu trabalho”.