O responsável regional do partido no poder, que não participou na XIII Convenção Nacional do partido, realizada em Maio, diz que a comissão política que lidera ainda não recebeu uma comunicação formal sobre o assunto, mas que a decisão já terá sido transmitida aos restantes órgãos internos. A acontecer, Gomes não tem dúvidas de que se trata de “um acto ilegal”.
“Está-se a criar essa confusão, São Vicente e a Comissão Política estão atentas a esses cenários. Nós não vamos abdicar do nosso direito de recorrer às instâncias jurisdicionais do partido e consequentemente às instâncias judiciais para repor a legalidade. Os Estatutos do partido não estão acima da lei. Que não venham tomar uma decisão na Convenção, que não tem poderes para tal, para dizer que vai haver eleições antecipadas porque eu não perdi o meu mandato. A razão é porque talvez o Dr. Armindo pode incomodar muita gente”, diz.
A conferência de imprensa foi proferida depois da reunião desta quarta-feira, entre o secretariado nacional e todos os membros das comissões políticas nacionais.
Na mesma ocasião, Armindo Gomes criticou a falta de investimentos em São Vicente e, por isso, não apoia mais uma candidatura de Augusto Neves a presidente da Câmara Municipal de São Vicente.
“Não há um projecto em São Vicente. os que existem são do Governo e estão atrasados. É o Terminal de Cruzeiros, é a maternidade perto do Hospital Baptista de Sousa, creio que não há mais, e são do Governo. Então, a Câmara de São Vicente precisa efectivamente de uma nova dinâmica e é por isso que eu, pessoalmente, não apoio a candidatura de Augusto Neves”, posiciona.
Ainda sobre questões internas, o responsável partidário disse que apresentou uma queixa às autoridades policiais sobre o alegado desaparecimento de mais de mil cartões de militantes, renovados, da sede do partido, por altura das eleições para a liderança nacional do partido.