De acordo com o documento a que a Inforpress teve acesso, e que deverá ir à votação na quinta-feira, em sessão ordinária, a previsão global das despesas no montante de 1.140.000.000 (mil cento e quarenta milhões de escudos) apresenta um aumento na ordem de aproximadamente 40 milhões de escudos, que têm impacto tanto nas despesas de funcionamento como nas despesas de investimentos.
De entre o quadro global das despesas, conforme o documento, destaca-se as despesas com o pessoal que totalizam o montante de 430.035.268 escudos que representam, em relação às receitas correntes de 881 milhões e 600 mil escudos uma taxa de cobertura de 48,77 por cento (%).
De entre as receitas, aponta-se as receitas fiscais (impostos), cobradas em sede do imposto único sobre o património que, neste orçamento, tem uma previsão de 223 milhões 315 mil escudos que foi estabelecida com base no princípio da ponderação e da contenção e nos dados dos últimos três anos e nas perspectivas de evolução.
Os investimentos que o município pretende levar a cabo nesse quarto exercício económico do mandato atingem o montante de 225 milhões e 300 mil escudos.
Para o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, apesar de “levar em linha de conta os naturais constrangimentos do momento impostos pela crise económica e financeira, com reflexos à escala global”, o orçamento e plano de actividades são ambiciosos e “marcam um ponto de viragem para uma nova era do processo de desenvolvimento da ilha”.
Segundo Augusto Neves, estes instrumentos estão assentes em fundamentos e em “pilares básicos com uma qualificação territorial, eficiência económica, justiça social e prudência ecológica”.
Nesta perspectiva, acrescentou, vão desprender toda entrega na infraestruturação da ilha, nos diversos sectores, na requalificação urbana e na modernização administrativa.
“Cientes de que juntos somos mais fortes, faremos de tudo para engajarmos todos os nossos funcionários. procuraremos uma articulação contínua com os nossos parceiros, designadamente os munícipes, instituições públicas e privadas locais e nacionais internacionais e todos os que tem ou terão ligação com São Vicente promovendo o trabalho em rede”, explicou.
Conforme o autarca, o traçado mantém a “aposta firme na cultura e na educação”, que são “factores diferenciados e que mais têm contribuído para a numerosa fixação de novas empresas na ilha”.
Augusto Neves informou também que as áreas da habitação e do transporte público têm também uma presença “muito forte” nesse orçamento com “execução da estratégia local de habitação nomeadamente a ampliação dos conjuntos habitacionais nesta ilha”.
Ainda do ponto de vista económico, acrescentou, São Vicente pretende apostar na modernização do comércio e serviços de proximidade bem como a recepção de novos estabelecimentos no Mercado Municipal.
O presidente da Câmara de São Vicente disse ainda que o município prevê dar ainda prioridade à consolidação dos projectos actuais, à qualificação da capacidade operacional e desenvolvimento de novos projectos, aquisição de mais equipamentos e apostar no desenvolvimento tecnológico com a utilização de sistemas mais avançados e adaptados à nova realidade.