Olavo Correia reage assim às reivindicações de vários sectores do Estado, que reivindicam aumento salarial.
“Nós temos, no contexto da economia cabo-verdiana, de mobilizar recursos endógenos para financiarmos as nossas necessidades. Meio a acompanhar as evoluções que se têm estado a verificar nos últimos tempos em Cabo Verde, com reclamações de todos os sectores, a educação, a saúde, sectores judiciais, Polícia Judiciária. Todos querem melhor remuneração, é justo. Mas os cidadãos devem fazer a seguinte questão: quem paga essa remuneração?”, questiona.
O ministro das Finanças aponta para a necessidade de “uma decisão racional”, e sublinha que para financiar as necessidades, é preciso mobilizar mais recursos.
“Portanto, se nós decidimos pagar melhor os médicos, aos professores, aos enfermeiros, aos políticos e outros, temos de ir buscar mais impostos para pagar melhor. É que não há outra forma. Não se vai pagar despesas com a dívida. Não podemos querer aumentar a despesa e depois não aumentar a receita. Se nós queremos financiar as nossas necessidades, temos de poder mobilizar mais recursos endógenos e só depois recorremos ao endividamento”, sublinha.
Olavo Correia nota que as aspirações para uma melhor remuneração “são legitimas”, mas que é preciso ter em conta que “a questão não se resolve apenas com a aprovação do quadro legal”.