1 - Que radiografia faz da situação do município a que se candidata?
O quadro atual é devastador: assinalamos um aumento da pobreza, sobretudo entre os jovens; temos uma precária requalificação urbana, que compromete as acessibilidades; uma infraestruturação desportiva que não avançou; a inexistência de uma agenda cultural forte; temos uma grande descapitalização dos recursos humanos, o que tem levado os quadros santa-catarinenses a sair do município; e temos uma regressão preocupante em matéria de economia local.
Um dos traços centrais da situação do município é a falta de liderança. Por isso, precisamos de uma nova liderança, forte, determinada e intransigente na defesa dos interesses dos santa-catarinenses e não dos partidos.
2 - Em linhas gerais, o que a sua candidatura propõe para o município? E como essas propostas oferecem soluções para os problemas enfrentados?
Seremos promotores da boa governança autárquica, através do planeamento e da transparência. Com uma lógica de gestão que pugne pelo rigor, o caminho está aberto para se abrir um novo ciclo de desenvolvimento. Nomeadamente, fazendo de Santa Catarina o terceiro maior polo de conhecimento de Cabo Verde e apostando forte na cultura e nas indústrias criativas; desenvolver a agroindústria e a indústria de carnes; tornar o município no segundo maior concelho comercial do país e estabelecendo novas políticas para o comércio de feira e formalização da economia.
Mas, também, fazer uma forte aposta na gestão urbana; qualificar os jovens para promover o emprego e combater a pobreza; colocar os emigrantes do centro do processo de desenvolvimento e implementar um programa de habitação social para reparar casas degradadas, porque a habitação digna é uma das maiores carências de Santa Catarina.
3 - Que visão para o município?
Defendemos uma nova abordagem da governança municipal, envolvendo as pessoas e assumindo um quadro de liderança que tenha a sociedade e as suas organizações representativas como centro das parcerias com o Poder Local. Precisamos de um grande engajamento social e de unir os santa-catarinenses em torno de um desígnio comum. Isto é, uma liderança aberta que crie pontes e caminhos para a participação ativa dos cidadãos na criação das melhores políticas públicas. Os resultados virão.