Em declarações à imprensa, acerca do protesto dos ex-trabalhadores da TICV, Carlos Santos explicou que a TICV é controlada maioritariamente (70%) pela empresa angolana Bestfly, enquanto o Estado Cabo-verdiano detém 30 porcento (%) das acções.
“A partir do momento em que tem um sócio maioritário, é o accionista maioritário que toma as suas decisões e tem sido assim e foi assim durante o tempo em que a TICV estava operada”, precisou.
Neste sentido, sublinhou que o Governo não tinha como resolver esta situação porque, conforme disse, não tinham informação do accionista maioritário, que foi quem assinou os contratos de rescisão com os ex-trabalhadores.
Entretanto acrescentou que, a partir do momento em que houve a suspensão do certificado de operador aéreo da TICV, o Governo começou a fazer tudo que estava ao seu alcance para que os direitos dos trabalhadores fossem respeitados.
“Fizemos ao ponto de conseguirmos que o salário de Maio e Junho, fossem pagos, foi graças à intervenção do Governo”, apontou.
De acordo com o ministro dos Transporte, foi só nesta semana que receberam informações do sócio majoritário sobre valores de indemnizações e contratos de rescisão, no entanto afirmou que o Governo já está pronto para honrar sua parte proporcional no pagamento, correspondente à participação estatal na empresa.
Em termos da nova empresa, Linhas Aéreas de Cabo Verde que já iniciou o processo de recrutamento para cerca de 60 vagas, Carlos Santos reafirmou o compromisso de priorizar a contratação de ex-funcionários da TICV, considerando suas experiências e certificações específicas.
Adiantou ainda que prevê que as contratações e formações sejam finalizadas até Janeiro de 2025.
A companhia aérea Bestfly deixou de operar definitivamente em Cabo Verde em Abril de 2024.