“Temos uma diplomacia suficientemente flexível para nos adaptarmos às circunstâncias que se nos apresentarem. Não vemos razões para grandes alarmes relativamente à comunidade cabo-verdiana, que é uma comunidade bem integrada nos Estados Unidos, há séculos”, afirmou o ministro durante a conferência de imprensa sobre a VII Cimeira Cabo Verde – Portugal.
O governante garantiu que Cabo Verde encara com naturalidade a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, sublinhando que é uma escolha soberana do povo americano.
“É uma escolha soberana, em que nós, cabo-verdianos, não temos que viver, sofrer por antecipação,” disse.
O ministro reforçou que o Governo está a preparar um plano de contingência para lidar com eventuais deportações que possam impactar as relações bilaterais ou a mobilidade entre os dois países.
“Estamos a trabalhar num plano interno de contingência, caso venhamos a registar deportações que possam alterar o quadro atual das nossas relações. Não acredito numa avalanche, mas temos de estar preparados para qualquer eventualidade”, acrescentou.
A comunidade cabo-verdiana nos Estados Unidos, com raízes históricas que remontam à era da caça à baleia, foi elogiada pelo ministro pela sua integração e contribuição activa.
José Filomeno Monteiro enfatizou a necessidade de assegurar que os cabo-verdianos mantenham uma presença legal e construtiva, reforçando o compromisso do Governo em proteger os seus direitos e interesses.