"Perdemos um antigo ministro dos Transportes, dirigente, um diplomata de missão, um cidadão digno, um homem que soube encarar o espírito da sua época e entregar-se à causa da liberdade da independência, da dignificação deste país e do seu povo", afirmou o deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo, durante a sessão parlamentar de julho, que decorre até sexta-feira.
"Era um homem discreto, de firmes convicções, corajoso e determinado. Que o seu exemplo continue a inspirar as novas gerações na construção de um país mais livre, justo e com oportunidades para todos", acrescentou.
A deputada do Movimento para a Democracia (MpD), Elisabete Évora destacou "o grande contributo ao país" prestado por Herculano Vieira, descrevendo-o como "um homem de fino trato, acarinhado por todos".
O deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, expressou solidariedade, afirmando que o "bem que ele fez" deve servir de exemplo e orientar comportamentos.
Herculano Vieira, que faleceu em Lisboa, a 15 de junho, foi o primeiro ministro dos Transportes e Telecomunicações após a independência de Cabo Verde em 1975.
Foi também combatente da liberdade da pátria, exerceu os cargos de ministro-adjunto do primeiro-ministro e deputado nacional.
O Presidente da República, José Maria Neves, manifestou na sua página do Facebook que Herculano Vieira "era um homem grande, de fino trato, discreto e amigo, que entregou de corpo e alma à liberdade e à dignidade humana. Uma referência para os mais jovens".
Também a embaixada de Cabo Verde em Portugal lamentou publicamente o falecimento do diplomata, enaltecendo o "inestimável contributo à causa nacional" e o "elevado sentido de missão" com que desempenhou as suas funções públicas.