Num texto publicado no Facebook, Olavo Correia reconhece que Cabo Verde tem pela frente tempos difíceis e que vai enfrentar “sérias consequências económicas” num futuro próximo.
Como exemplo o governante aponta a redução do turismo (com as suas várias ramificações), a redução das receitas da FIR Oceânica, “a redução de receitas de todo o tráfego aeroportuário, e, lato-senso, de tudo o que tem a ver com a própria economia”.
“A confiança económica está hoje completamente debilitada e, sem mobilidade, o país estará muito atingido em termos económicos”, reforça o ministro das Finanças.
No mesmo texto, o ministro explica que o governo está a trabalhar em conjunto com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e com os demais parceiros internacionais e igualmente com os parceiros internos. “Teremos que brevemente, sob indicação do Primeiro-ministro, reunir o Conselho de Concertação Social, com o objectivo de discutir as medidas que o país vai tomar para a salvaguarda das pessoas e dos seus postos de trabalho”.
Olavo Correia garante que esta é “uma crise ainda imprevisível. Não há ainda noção do tempo que vai levar e dos valores que vão ser necessários mobilizar, mas estamos confiantes que vamos conseguir ultrapassá-la” e que o governo está centrado “na protecção das pessoas e dos seus postos de trabalho” e em criar condições para que, “passada esta fase, reforçar as bases para retomar e acelerar a dinâmica de crescimento da economia cabo-verdiana, que estava numa fase muito boa (com crescimento a atingir os 6%)”.
O “Governo gostaria de chamar atenção para um forte sentido de responsabilidade de as empresas, famílias e cada um de nós para que possamos ser todos, parte da solução, juntamente com o Estado”, conclui Olavo Correia.