Artigos de Carla Correia no nosso arquivo
Toy Vieira e o Monte Cara
No Verão passado, a banda Re-imaginar Monte Cara tomou de assalto os palcos portugueses. Uma banda que, reunindo a fina flor das antigas noites lisboetas da Rua do Sol ao Rato, reinventou velhos clássicos, pondo Portugal a dançar.
DJUNGA
Quem se lembrará de Djunga? Saiu de Cabo Verde ainda novo, com 17 anos, embarcado num navio grego que passava por São Vicente. Não deixou mulher nem filhos conhecidos. A família que tinha éramos nós.
Num abraço
Um abraço, foi tudo. Um abraço espontâneo e inesperado, em que me invadiste com a tua ternura. Dizem que o amor brota assim, das coisas pequenas e simples, como uma pequena semente que se atira ao chão.
Dina
Há gente assim, de olhos abertos para o mundo. Saiu do avião um pouco assoberbada. Não sabia o que esperar. De repente, o mundo tornava-se assustadoramente largo. Mesmo assim seguiu em frente, decidida.
Do meu baptismo no Éden Park
Alguns momentos na vida são únicos e irrepetíveis. Quer na altura tenhamos essa consciência ou não, tornam-se inesquecíveis, transformando-se em memórias preciosas. Para mim, este foi um desses momentos marcantes.
A minha avó Lídia
A minha avó Lídia teria completado este ano 92 anos. A distância não nos permitiu conviver tanto quanto gostaríamos. Mas lembro-me de algumas peculiaridades dela. Das cartas que me escrevia, com uma letra desenhada e um português impecável, apesar dos poucos estudos. De como cheirava tabaco às escondidas, julgando que ninguém dava conta do seu cancan. De como se sentava pachorrentamente na soleira da porta, observando e cumprimentando os passantes. E de como, sempre ouvi dizer, não levava desaforo para casa, que nha Lídia anêra d'brincadera!
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