Artigos de Sónia Morais no nosso arquivo
Agriculturas
Ainda tenho muito para aprender mas tenho para mim que jamais vou conseguir entender porque é que nos anos em que tchuva ‘n dá há pouca cana e nos anos em que chove muito há muita cana mas dá menos grogue porque cana ´n ta garduá, ou porque é que a mangueira nunca dá manga nenhuma excepto quando eu lá vou, o mesmo dizendo das papaieiras, do pé de fruta-pão ou dos coqueiros.
Santa Bárbara
Durante muitos anos Santo Antão era, para mim, sinónimo de férias. A partir dos meus dez anos comecei a ir religiosamente passar as férias grandes a Santa Bárbara, propriedade situada em frente à Povoação da Ribeira Grande. O dia 10 de Junho, final do ano lectivo, era ansiosamente aguardado.
Santa Maria
Sou boa em fazer surpresas. Já fiz uma ao pessoal de Lisboa, quando os meus filhos ainda lá estavam, que deixou todos de queixo caído. Desta vez resolvi ir surpreender o filhote que se mudou de armas e bagagens para o Sal, desde que ingressou na ASA, há cinco meses. Estava eu na Praia, em serviço, telefonei-lhe: filhote, estou no mercado, tenho um portador mais logo para o Sal, queres alguma coisa? Sim, manda linguiças, muitas, feijão sapatinha e morangos.
A Minha Costela de Badia
Tenho muito orgulho da minha costela de badia e sei que a devo, muito especialmente, às fieis e inesquecíveis Tété cu Né.
A minha prima Dodó
Início dos anos 90 do século passado. Subi as escadas do nº 191 da Av. António Augusto de Aguiar, à Praça de Espanha, como a gente dizia aos táxis. Toquei à campainha do primeiro andar e uma empregada gorducha e muito branca entreabriu a porta e olhou-me de cima a baixo com olhar desconfiado, o que deseja? A dona Dodó está? Ela olhou-me espantada e ainda mais desconfiada e atirou, a senhora morreu!
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