Sofia Buco, actriz e produtora do espectáculo, explica que a peça aborda o passado e a história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo e a sua incorporação, como combatentes, no Esquadrão Kamy, uma coluna guerrilheira treinada em 1966.
“Muitas dessas mulheres tinham a vida bem resolvida, mas elas não ficaram felizes com a situação na qual o país vivia naquela altura. Então elas saíram em prol de uma luta pelo povo. Naquela época a preocupação delas era Angola/Nação, Angola/país, e a preocupação pelas crianças, pelas mulheres, pela delinquência e pela desigualdade de género. Foram lutas que travaram durante muito tempo, e penso que fizeram um bom trabalho. Retratar essa história, para nós, é um grande orgulho”, conta.
A peça foi feita com base em dois livros: Diário de um exílio sem regresso, de Deolinda Rodrigues, e Heroínas de Angola de Limbania Jimenez. Flávio Ferrão, encenador e director artístico teve um papel importante na construção do espectáculo.
A peça estreou em Janeiro deste ano, na Casa das Artes, em Angola.
Pela primeira-vez em Cabo Verde, o “Esquadrão Kamy” sobe ao palco 1, do Mindelact, no Centro Cultural do Mindelo, às 21h30 desta sexta-feira.
Sofia Buco espera uma boa recepção por parte do público.
Hoje, o Palco 1 do Festival Internacional de Teatro do Mindelo recebe “Manuel Dˈ Novos”, um solo de Manu Preto, da companhia Raíz di Polon.