URDI arranca hoje com 187 artesãos de todas as ilhas

PorExpresso das Ilhas, Lusa,25 nov 2020 7:10

A Feira de Artesanato e Design (URDI) arranca hoje, no Mindelo, com 187 artesãos de todas as ilhas, num “formato diferente”, que permitiu a “descentralização” e participação dos profissionais nos próprios ateliês, avançou Irlando Ferreira.

Os novos tempos de pandemia também impuseram um novo formato à feira URDI, que, agora na quinta edição, deixa de ser somente em São Vicente e passa a englobar todas as ilhas, num “desafio, que traz outras formas de ver e outras alternativas”, conforme disse à Inforpress o director do Centro Nacional de Artesanato e Design, Irlando Ferreira.

“Trouxe uma maior valia que é possibilidade de nós fazermos a URDI em todas as ilhas através dessa rede, o centro da feira é no Mindelo, mas ela acaba por acontecer em quase todos os municípios de Cabo Verde. É um ganho imenso”, considerou adiantando que o evento, este ano, vai contar com a participação de 187 artesãos.

Sendo assim, o arranque do evento está marcado para as 10:00 desta quarta-feira com o início do circuito, pelas 18:00 a cerimónia oficial de abertura, na Praça Amílcar Cabral – Praça Nova, que sempre foi o palco principal da feira – contando com as presenças de alguns presidentes de câmaras e do ministro da Cultura, Abraão Vicente.

Logo de seguida realiza-se a inauguração do Salão Created in Cabo Verde, que neste ano tem como tema “LossGuia”, que instou os designers e artesãos a “mergulharem” na criatividade que pode advir do mar e cujo vencedor do concurso vai ser anunciado durante a inauguração.

Estas actividades, assegurou, cumprem com os protocolos de segurança sanitária e seguem as recomendações da Delegacia de Saúde de São Vicente e mesmo nos ateliês dos artesãos, que tinham este protocolo como um dos principais requisitos para se inscreverem na feira.

Ainda no programa da URDI consta “Grandes conversas”, que traz “temáticas variadas” com a participação de várias personalidades cabo-verdianas, entre as quais, Germano Almeida, Vasco Martins, Bento Oliveira e ainda com oradores do Brasil, Portugal e Moçambique.

Destaca-se nesta vertente a homenagem ao mestre artesão João Fortes, falecido no mês de Junho e que foi um dos discípulos do antigo Centro Nacional de Artesanato (CNA) fundado por Manuel Figueira, Luísa Queirós e Bela Duarte. O artesão também vai ser lembrado através da exposição “Trama, memória e luz, jornadas do mestre João Fortes”, montado na galeria Zero Point Art, no Mindelo.

“É toda a memória do João, através das suas obras, dos seus registos, através de tudo aquilo que ele deixou e que é possível mostrar a sua dimensão variada e em todas as vertentes, que ele actuava”, explicou Irlando Ferreira, referindo-se às “habilidades” deste no artesanato, tecelagem, grupo musical e ainda como membro do CNA.

Por todas essas razões, o director do CNAD disse esperar “sucesso” para esta quinta edição da URDI, agendado até o dia 29, mas, que dependerá do nível de adesão da população.

“Acarinharem os artesãos através de compras de presentes para o Natal, tanto para casa como para os familiares. Essa é a melhor forma de ajudarmos o sector, aderir e adquirir aquilo que é nosso”, reiterou a mesma fonte, para quem também é “importante” as pessoas fazerem o circuito das exposições nas ilhas onde estiverem.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,25 nov 2020 7:10

Editado porAndre Amaral  em  30 ago 2021 23:21

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