URDI será "um momento especial" - director do CNAD

PorNuno Andrade Ferreira,22 nov 2019 6:11

​Está por dias a abertura oficial de mais uma edição da URDI, a primeira a acontecer depois de publicada a portaria que regulamenta o sector do artesanato. Para Irlando Ferreira, director do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), trata-se de “um momento especial”.

Se os cinco dias de programa público são o centro da Feira do Artesanato e Design de Cabo (URDI), a dinâmica criada pelo evento começa muito antes, com residências artísticas e o lançamento de editais, abrindo espaços de partilha entre artesãos, designers e oficinas.

“A uma semana da URDI, parece que a URDI já está a acontecer. Já há aqui uma dinâmica muito bem montada, muito fluída. Neste momento, estamos a afinar os últimos apontamentos para que corra da forma como perspectivamos”, explica Irlando Ferreira.

A partir de agora, os artesãos passam a ter estatuto próprio, do qual resulta um cartão de identificação. O selo “created em Cabo Verde” e o Sistema Integrado de Gestão do Sector do Artesanato tornam-se realidade.

“Foi um trabalho investigativo bastante profundo, realizado durante quase dois anos e em que este ano apresentamos a sua conclusão a nível da URDI. Em 2020, começamos a regulamentar todos os artesãos, já com base naquilo que foi definido”, assinala o responsável do CNAD.

“É preciso ter coragem para pegar nesses projectos, são fundamentais mas precisam de um aprofundamento grande para depois se revelarem numa ferramenta que efectivamente nos permita trabalhar”, acrescenta.

A quarta edição da URDI, de 27 de Novembro a 1 de Dezembro, reunirá em São Vicente a comunidade artística e o grande público, num diálogo em torno das poéticas visuais cabo-verdianas.

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Para Irlando Ferreira, um dos grandes méritos do certame está no maior conhecimento que proporcionou das diferentes expressões tradicionais de Cabo Verde, expressas através do artesanato.

“Já havia uma vontade e um trabalho que vinha a ser feito. Nós quisemos perspectivar, no sentido de mostrar o artesanato enquanto um fazer estruturante para o país e que alimenta várias famílias. Hoje, quando se fala do artesanato, fala-se com aquele orgulho do tempo do CNA [Centro Nacional de Artesanato]”, observa.

Exposições, conversas, concurso de design, oficinas, salão de design, concertos e ateliers compõem, a par da venda de produtos artesanais, na Praça Nova, o programa da iniciativa, organizada pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do CNAD.

Para além dos expositores nacionais, deverão chegar ao país participantes de Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, Guiné-Bissau e Portugal.

A URDI 2019 homenageia o mestre Baptista, falecido em Dezembro de 1997, “pelo contributo e legado que deixou na arte de construção de instrumentos de cordas”.

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Autoria:Nuno Andrade Ferreira,22 nov 2019 6:11

Editado porSara Almeida  em  11 ago 2020 23:21

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