A notícia foi recebida com aplausos em Marraquexe, pelos delegados que participam na 52ª sessão da Comissão Económica para África (ECA). O AfCFTA fica assim mais próximo de se tornar operacional, um ano depois do seu pontapé de saída. Nunca o continente conseguiu pôr em prática um projecto em tão curto espaço de tempo.
O acordo para a Área de Livre Comércio Continental foi assinado por 44 países em Kigali, com o objectivo de criar um continente livre de taxas, que faça crescer os negócios locais, que impulsione o comércio inter-africano, que dê um empurrão na industrialização do continente e que possa criar empregos.
O acordo cria um único mercado continental para bens e serviços – a livre movimentação de pessoas também tem sido discutido em Marrocos – assim como a livre circulação de capitais e homens de negócios. Os países que se juntam ao AfCFTA devem comprometer-se a remover tarifas em, pelo menos, 90 por cento dos bens que produzem.
Se todos os 55 países africanos aderirem à Área de Comércio Livre Continental, estará criado o maior mercado do mundo, cobrindo mais de 1,2 biliões de potenciais consumidores e com um PIB combinado de 2,5 triliões de dólares, segundo números da ECA.
Também segundo a Comissão Económica para África, se a AfCFTA ficar operacional, os negócios dentro do continente vão aumentar 52,3 por cento até 2020. Os economistas acreditam que a Área de Comércio Livre vai encorajar a industrialização do continente, devido ao aumento da procura, criando assim escala que irá beneficiar os consumidores, que comprarão os produtos muito mais baratos do que actualmente.
Para ser operacionalizada, a AfCFTA tem de ser ratificada por 22 países. Neste momento já deram o seu aval, 21 países.
*em Marrocos