O governante fez essa previsão em declarações à Inforpress, no final de uma missão de serviço aos Países Baixos e Alemanha (Hanôver), passando por Portugal, ressaltando que “Cabo Verde é um produto turístico e já vai ganhando o seu espaço a nível do mercado”.
“Temos que continuar a preparar e a desenvolver o país para receber bem os turistas que vêm cá. Logo a seguir à pandemia, conseguimos superar o número de 2019, em termos de turistas. Em 2022 recebemos 835 mil hóspedes nos hotéis e em 2023, provavelmente, estaremos acima dos 900 mil”, frisou.
Segundo o governante, Cabo Verde é um “destino incipiente que tem dado os seus passos”, o que se pode ver em muitas das infra-estruturas que se está a construir no país.
A este propósito, referiu-se, nomeadamente, a requalificação urbana com verbas vindo do Fundo do Turismo, o trabalho do treinamento do pessoal, o reforço da oferta formativa, e o trabalho que está sendo feito na ilha do Sal e da Boa Vista, onde foram investidos cerca de 20 milhões de euros para o realojamento das famílias que estavam a viver nas barracas.
“É o traduzir de uma visão que Cabo Verde tem nessa matéria para diversificar, para aumentar o âmbito territorial do turismo e levar o turismo a outras ilhas e dar oportunidade aos cabo-verdianos de tirar proveito enquanto empresário ou empregado de unidade hoteleira, la onde ele estiver”, indicou.
A nível dos transportes, Carlos Santos é ciente que é preciso “trabalhar para garantir a mobilidade entre as ilhas, e fomentar a mobilidade entre as ilhas e a entrada de outros operadores aéreos nesta rota com a Europa”, sem esquecer que há um mercado que “muito interessante” do continente americano, tanto do Brasil, como dos Estados Unidos.
“São esses passos que temos que dar, começando pela sustentabilidade que começa a ser uma matéria que implica toda a gente. Estamos em ilhas em que o ecossistema é frágil e temos que proteger todo esse património de Santo Antão a Brava e fazer deste importante sector que representa 25 por cento do PIB, no sector que tenha efeitos directos na melhoria do nível de vida dos cabo-verdianos”, afirmou.
Para além da Alemanha, onde participou na inauguração da nova sede do Grupo TUI, o ministro esteve nos Países Baixos onde teve encontros com agentes privados ligados ao sector do turismo, e um grupo de jovens empreendedores da diáspora, em Rotterdam, que querem investir em Cabo Verde.
Várias questões foram abordadas, como a possibilidade de privilegiar um novo mercado denominado ‘Small and Friendly’, temas que também foram abordados em Portugal, onde o ministro esteve reunido com alguns potenciais investidores, com o objectivo de continuar a diversificar a oferta no arquipélago, trazendo outros nichos do mercado como o ‘remote workers’.