A declaração foi feita durante o encontro do FMI com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento e a Comissão Especializada de Economia, Ambiente e Ordenamento do Território em que explicou que o crescimento económico em Cabo Verde foi “muito mais alto” do que tinham programado no ano 2021.
Neste sentido sublinhou que Cabo Verde deveria estar “muito orgulhoso” desse feito.
“O programa foi decidido basicamente no início da recuperação após covid-19 e foi com um olhar escuro para o crescimento económico em muitos lugares, mas, de facto, em Cabo Verde a economia voltou muito mais fortemente do que esperávamos”, enalteceu.
Destacou que Cabo Verde alcançou esse crescimento devido às políticas implementadas em torno da actividade económica, das rendas fiscais e da performance fiscal.
Justin Tyson explicou que nos programas fiscais o foco principal foi baixar a dívida progressivamente de um nível muito alto em torno de 150% do PIB e rapidamente criar ‘buffers’ e colocar Cabo Verde num caminho “mais sustentável”.
“Essa redução da dívida foi principalmente contingente na mobilização dos recursos internos e nisso, foi extremamente sucessivo. A dívida caiu muito mais rapidamente do que foi originalmente projectado, a performance fiscal foi forte”, apontou.
Entretanto, considerou que a economia cabo-verdiana precisa ainda de “muitos investimentos produtivos”, nomeadamente aumentar a dívida capital enquanto Cabo Verde mantém a dívida num “caminho subestimado”.
Acrescentou que um outro componente do programa foi garantir que apesar da consolidação fiscal a dívida para os mais vulneráveis fosse protegida e, segundo disse, esse objectivo também foi alcançado.
Avançou ainda, que para o ano 2025 a ideia é continuar a diminuir a dívida e consequentemente aumentar a economia de Cabo Verde.