​São Vicente: Enapor assume activos da Atunlo e prepara reactivação da fábrica entre Março e Abril

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,18 fev 2025 14:06

Ireneu Camacho
Ireneu Camacho

Todos os ativos da Atunlo passaram hoje para a posse da Enapor, devido ao incumprimento do contrato de concessão por parte da fábrica espanhola de processamento de pescado, instalada no Porto Grande do Mindelo e inativa há um ano. Um novo parceiro para explorar a plataforma de frio deverá iniciar actividade entre Março e Abril, garantiu hoje a Enapor.

O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Administração dos Portos, Ireneu Camacho, após uma visita no âmbito da realização do auto de receção dos bens afectos à concessão e da posse do espaço. A visita aos escritórios e aos espaços de processamento de pescado foi acompanhada pela directora de recursos humanos da fábrica.

“Esta visita vai traduzir claramente nesta resolução do contrato. Ou seja, a partir de hoje todos os activos da Atunlo passam a ser activos da Enapor. A parte de encontrar um parceiro é uma das ações dentro do nosso plano de ação. Acreditamos que dentro em breve, Março ou Abril, termos o nosso parceiro a funcionar porque a plataforma faz falta a São Vicente, aos fornecedores e nós temos que reactivar imediatamente esta plataforma”, diz.

O PCA da Enapor afirma que a empresa está, neste momento, a trabalhar com parceiros nacionais e internacionais interessados na exploração do espaço. A salvaguarda dos direitos dos trabalhadores e a eliminação do mau cheiro decorrente do tratamento do pescado são algumas das exigências que a nova concessionária deverá cumprir.

“O parceiro que vamos ter no futuro deve dar-nos garantia de que não pode haver desemprego. É um ponto fundamental. Garantir que todos os direitos adquiridos pelos colaboradores da Atunlo sejam respeitados e pagar todos os salários que estejam em atraso. Outro ponto fundamental é que o novo parceiro deve seguir o plano de gestão ambiental da Enapor, que passa claramente por mudar um pouco a forma de trabalhar e eliminar o mau cheiro. É uma garantia que damos: o próximo parceiro não poderá fazer tratamento de pescado que provoque mau cheiro”, assegura.

Ireneu Camacho explica que a resolução do contrato teve por base um plano de acção que assegura a situação dos trabalhadores e garante o funcionamento do negócio. A visita de hoje teve também como objectivo obter uma visão geral do estado da fábrica e dos equipamentos existentes.

“Aqui, há que fazer uma análise pormenorizada sobre o estado de cada máquina. A nossa equipa técnica vai entrar na fábrica para perceber o estado da manutenção das máquinas. Vamos contratar uma equipa de especialistas para dar continuidade a essa manutenção e, assim, colocar a fábrica a funcionar como anteriormente”, afirma.

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A Enapor agendou para esta tarde um encontro com os trabalhadores e com o sindicato que os representa. Ireneu Camacho lembra que são cerca de 200 famílias sem salário ou com salários em atraso.

A Atunlo foi inaugurada em 2015 como um investimento europeu destinado a colocar o arquipélago na linha da frente das exportações de pescado. As atividades foram suspensas há um ano.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,18 fev 2025 14:06

Editado porAndre Amaral  em  22 fev 2025 9:20

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