O cirurgião Danielson Veiga tomou posse como bastonário da Ordem dos Médicos há quase dois anos. Neste tempo de pandemia, a Covid-19 não podia ficar de fora desta conversa com o Expresso das Ilhas. Mas, nesta entrevista, falámos igualmente de outros temas que preocupam a classe, desde a necessidade de mais formação e mais especialistas, passando pelo sector privado, até à falta de reconhecimento que a profissão ainda tem.
Também a Delinquência Juvenil: Juventude inquieta. Vários sinais têm vindo a mostrar que a delinquência, confrontos de grupos e criminalidade juvenil podem aumentar no curto prazo. Há um cocktail de motivos, que passam inclusive pelos impactos da COVID-19 nos rendimentos, mas vão muito mais além dos efeitos da pandemia. Gerson Pereira, presidente da Associação Associação Kelem em Desenvolvimento (AKD), e o pastor nazareno Lício Lopes, que há anos trabalha com a problemática, falam da necessidade de medidas para fazer face aos fenómenos que se estão a viver nos bairros.
Amor pelas plantas movimenta mercado em tempos de confinamento. Com o confinamento, o uso de vegetação na decoração de imóveis tem crescido a cada dia e o fenómeno é mundial. Aliás, recentemente, uma especialista explicou ao portal brasileiro Gazeta que a situação actual tem feito com que as pessoas tenham mais tempo para observar suas casas e sentir falta do "afecto da natureza" e que, além disso, as plantas filtram poluentes presentes no ar e o seu cultivo pode ser terapêutico. Por cá, todos estão “louc@s por elas” e esta corrida pelo verde tem movimentado o comércio.
COVID-19: Director Nacional de Saúde, Artur Correia, diz que “só conhecemos um bocadinho dos casos que existem na comunidade”. A maioria dos casos estão na comunidade e não estão a ser diagnosticados. Há um lado positivo, porque a infecção segue o seu caminho e vai produzindo imunidade, mas há também um lado negativo, porque dissemina a transmissão sem conhecimento das autoridades e muitas vezes sem conhecimento das próprias pessoas.
Na cultura, o Dia Internacional da Fotografia: A arte fotográfica em Santiago e o Mindelo a preto-e-branco. A ilha de Santiago, conhecida pela exuberância da paisagem orográfica, cedo foi parar à objectiva dos retratistas do princípio do século XX, numa prova inequívoca de que Cabo Verde desde cedo entrou para o fenómeno da globalização muito antes de ser declarado formalmente. No Mindelo, a Foto Melo foi a única casa fotográfica da cidade, desde a sua fundação no séc. XIX e durante grande parte do século XX. Retratou sistematicamente as chegadas de governadores, a elite intelectual local, almoços e jantares de gente ilustre, grupos de ingleses, eventos oficiais, sociais e religiosos, bailes carnavalescos, costumes populares, os navios no Porto Grande, vistas de cidades e paisagens de todas as ilhas de Cabo Verde.
Ainda a opinião de Eurídice Monteiro, Aqui não há Verão; e de Bruno Spencer, Há 50 anos, em Cabo Verde, deu-se o assalto ao navio Pérola de Oceano.